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Pets exigem cuidados redobrados no fim de ano

Com a aproximação das comemorações de Natal e ano novo, animais ficam mais sensíveis e vulneráveis

Pets exigem cuidados redobrados no fim de ano

Nas noites de festa de fim de ano, é comum que fogos de artifício coloram os céus. Mas ao mesmo tempo em que eles encantam os olhos humanos, são, também, o pesadelo de muitos animais. Os cães, por exemplo, possuem capacidade auditiva duas vezes maior que a dos homens, podendo identificar um som a uma distância quatro vezes maior do que consegue um ser humano. Por isso, detestam o barulho dos rojões.

A médica veterinária e professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) em Toledo Maria Cecília de Lima Rorig, contudo, diz que há técnicas capazes de aliviar os efeitos dos barulhos dos fogos de artifício nos pets. Essas técnicas ajudam os bichinhos a ficarem menos estressados nesse período.

“A Tellington Touch, por exemplo consiste no uso de uma faixa para comprimir algumas partes do corpo do animal, pois a compressão ameniza o medo. Recomendamos também que se evite deixar os pets amarrados pois podem acabar se enroscando e se machucando gravemente devido ao medo”, explica a médica veterinária.

Segundo a especialista, na hora dos fogos do Natal e da virada de ano, o ideal é deixar o animalzinho em um cômodo com uma televisão ligada com o volume alto, mas ainda confortável aos ouvidos. Ainda, é preciso ficar atento a possíveis rotas de fuga do pet, para que ele não saia de casa e se envolva em acidentes como atropelamentos.

Barulhos muito altos podem causar danos no tímpano dos bichinhos. Nesse sentido, é preciso estar atento aos sinais: “Os cães podem ficar apáticos com alteração de comportamento podem também apresentar sinais de surdez como não responder ao chamado do seu tutor. Em casos assim procure o médico veterinário imediatamente, orienta Maria Cecília.

Cuidados com alimentos

Além dos fogos de artificio, alimentos estranhos aos pets são causas de doenças em muitos animais de estimação nessa época do ano. Muitos tutores acreditam que não há problema nenhum em alimentar o bichinho com pratos da ceia, mas não é bem assim. Uvas e chocolates, por exemplo, são extremamente nocivos aos animais.

A médica veterinária conta que é comum que nesse período de festas o número de casos de pets que desenvolvem pancreatite aumente. Trata-se de uma inflamação no pâncreas, órgão fundamental para manter o equilíbrio do organismo. A doença pode ser fatal.

“A uva pode exemplo pode causar até insuficiência renal aguda. Já o chocolate possui uma substância chamada teobromina que, nos animais, causa neurotoxicidade e pode gerar danos ao sistema nervoso. Os condimentos em excesso, como alho e cebola, também podem causar quadros de intoxicação”, afirma.

Os sinais de intoxicação alimentar são diversos, mas os principais consistem em vômito, diarreia, dor abdominal, apatia e anorexia. Quem observar esses sintomas no bichinho de estimação precisa levar o animal o quanto antes ao médico veterinário.