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Pais autoritários

Como o próprio nome já diz, pais autoritários são muito exigentes, agem de forma rígida, impondo valores, regras, punições e mesmo não querendo, não permitem aos filhos desenvolverem a capacidade de auto-desenvolvimento.

Filhos de pais autoritários, em geral, não apresentam problemas de comportamento, tem bom rendimento escolar, porém, apresentam altos níveis de ansiedade, retraimento social, medo e muita timidez. Não é de se espantar a quantidade exacerbada de pessoas na faixa de 40 anos para cima, com transtornos de ansiedade ou síndrome do pânico. Esse número tem crescido assustadoramente nos últimos sete anos.

Há três ingredientes importantes na educação de filhos. Desde pequenos, eles devem criar uma relação de afeto, mas de respeito pela figura dos pais. Quando os pais são autoritários, os filhos geralmente se relacionam baseados apenas no medo (não no respeito), independente se há demonstração de afeto. Como conseqüência disso, eles agem com medo de errar, medo de não fazer o que é certo, medo de arriscar e ousar na vida adulta e geralmente criam um perfil de pessoas lideradas, não de líderes. Em geral são pessoas que sabem cumprir as regras e o que é combinado, mas não ousam na vida, pelo medo da desaprovação.

Pais assim punem severamente em ações ou em palavras, quando a criança faz algo errado, mas nestes casos a punição não é vista como uma aprendizagem e sim, como castigo merecido por algo terrível que o filho fez, parecendo até imperdoável, como se a pessoa nunca fosse digna de errar. Essas descargas de raiva tem como resultado os medos, a ansiedade elevada, sentimentos de incapacidade e a pessoa passa a não arriscar na vida, pelo medo de passar por ridículo ou de ser diminuído.

Frases do tipo: “Você faz tudo errado mesmo!”, ou “Tinha que ser você para fazer um trabalho desse jeito”, são frases comuns de pais autoritários, pois eles não permitem que seus filhos errem, porque eles mesmos não admitem falhas neles como pais, procurando ser perfeitos na educação – o que é impossível. É nessa hora que os pais não percebem quão errado estão agindo. Estão sendo autoritários, mas não tem autoridade (que são coisas bem diferentes, pois quem tem autoridade, tem o respeito dos outros). Quando esses filhos crescem, tendem a transferir esse medo para outras relações, sendo para o chefe, para os professores, cônjuge, entre outros. Olhe só outras características:

– Medo de dizer não para os outros, sentimento de inferioridade ao se relacionar com as pessoas, vontade de agradar as pessoas o tempo em busca de aprovação, medo de se expor, de ser o centro das atenções, de ser criticado, medo de falar em público, autocrítica acentuada e a pessoa vive se condenando quando comete um erro, perdendo chances de sucesso, pois teme que dê errado.

Paizinhos: Invistam em uma auto imagem positiva dos seus filhos. Nem sempre eles fazem o que é pedido, mas a auto-imagem positiva é reforçada dos 2 aos 6 anos de idade. É nesse período que eles precisam de pais que os auxiliem a se verem como crianças com qualidades, não de pais que as desvalorizem.

A autora é psicóloga especialista em casais e família

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