Curitiba – O Paraná vem se consolidando, ano após ano, como protagonista nos transplantes de órgãos no país. Tempo e distância são cruciais para os bons resultados dessa operação e, por isso, que o Estado está lançando uma campanha em alusão ao “Dia Nacional da Doação de Órgãos” comemorado nesta quarta-feira, 27 de setembro. De acordo com a ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos), o Paraná é o estado com maior número de doações efetivas de órgãos para transplantes em 2023.
Quem garante o funcionamento dessa cadeia de esperança é o SET (Sistema Estadual de Transplante), uma estrutura complexa capitaneada pela Central Estadual de Transplantes, que funciona como o cérebro da operação. A espinha dorsal é composta ainda pelas Organizações de Busca por Órgãos, que são quatro no Paraná, em Curitiba, Cascavel, Londrina e Maringá; pelos hospitais.
“Hoje o Paraná é um dos estados mais organizados nesse sentido. Temos uma estrutura boa, temos a Central, temos Organização de Procura de Órgãos, temos disponíveis carros, transporte aéreo. É um dos estados mais bem estruturados do país”, avaliou a enfermeira Juliana Ribeiro Giugni, coordenadora do SET. Para ela, outros dois fatores, além da estrutura física e logística, explicam o bom desempenho do Paraná nas estatísticas referentes à doação e ao transplante de órgãos no Brasil.
“Primeiro, a solidariedade das famílias, de saber a importância da doação de órgãos. Segundo, pela dedicação e capacitação dos profissionais que atuam, porque é um processo complexo, cheio de etapas, então tem que ter dedicação e gostar mesmo. E, claro, a estrutura que hoje temos no estado. Essa cadeia de eventos é que faz com que a gente tenha resultados expressivos”, opinou.
Antes de ser inscrito na fila de espera por um órgão, o paciente é avaliado por uma equipe transplantadora, que é credenciada pelo Ministério da Saúde. Se preencher todos os critérios, o paciente é inscrito, de acordo com o órgão que necessita, no banco de dados do Sistema Nacional de Transplante.