Algumas ligações telefônicas podem mudar o destino de vidas, além do mais quando se trata de notícia boa. Rotildo dos Santos Martins, 57 anos, aguardava na fila do transplante de fígado, após receber o diagnóstico de cirrose no ano passado. “Quando atendi e disseram que chegou um fígado para mim, eu me emocionei e chorei. Apesar dos riscos, eu decidi confiar em Deus e entreguei nas mãos dele”, contou.
Para medicina e a equipe multidisciplinar da Uopeccan, Rotildo é considerado um verdadeiro milagre. Ele foi submetido a dois transplantes, nos dias 9 e 14 de dezembro de 2021. De acordo com o cirurgião, Dr. Matheus Takahashi Garcia, apesar das intercorrências, a recuperação foi rápida e superou as expectativas. “Pacientes que precisam de um novo transplante em curto prazo têm um altíssimo índice de mortalidade, e ele se recuperou 100%. Rotildo desenvolveu uma complicação logo nos primeiros dias após o primeiro transplante, chamada trombose da artéria do novo fígado. Por esse motivo precisou ser submetido ao segundo transplante em menos de sete dias”, destacou o médico.
Oportunidade
O ditado popular ‘Ano novo, vida nova’ passou fazer mais sentido para Rotildo depois que passou pelo transplante de fígado. Segundo ele, 2022 é o início de um novo ciclo, novas oportunidades e de renovação. “Meus hábitos mudaram, antes eu me alimentava mal e bebia bastante, não tinha horário, era de manhã, tarde e à noite. Daqui pra frente vai ser totalmente diferente, ano novo, vida nova. Hoje vejo que foi um milagre de Deus, sou grato pelo atendimento que recebi na Uopeccan, começando na recepção, zeladora e toda equipe multidisciplinar”, agradeceu Rotildo.
Apoio assistencial
O transplante hepático é uma cirurgia que consiste na retirada do fígado doente de um paciente para a colocação de um fígado saudável, podendo ser retirado por inteiro de um doador com morte encefálica declarada ou um fragmento de fígado de um doador vivo. Alguns dos motivos que levam ao transplante são a cirrose hepática, hepatite crônica por vírus B ou C; doenças que comprometem as vias biliares; doença hepática alcoólica; hepatite autoimune, doença hepática gordurosa não alcoólica, entre outras situações.
A Uopeccan de Cascavel iniciou os transplantes de fígado em setembro de 2017, até o momento já foram realizados 156. Para que esse procedimento seja realizado com eficiência, a instituição conta com uma equipe especializada, entre eles, médicos, enfermeiros, nutricionistas, farmacêuticos, assistente social, psicóloga, entre outros. “A partir do momento em que surge uma doação, uma cadeia logística é iniciada, com organização de horário de chegada do paciente ao hospital, preparo de materiais e equipamentos, acionamento de todos profissionais envolvidos, isso tudo para que o transplante ocorra da melhor maneira possível. É uma ação conjunta para que nosso paciente seja beneficiado e tenha chances de iniciar uma nova vida”, complementou o médico Matheus.
Assessoria