Manaus – Após seis meses de acompanhamento, pesquisadores divulgaram resultados de um estudo sobre a CoronaVac que está em andamento em Manaus. Conforme dados divulgados nesta terça-feira (14), entre 5 mil pessoas com comorbidades vacinadas com a CoronaVac em Manaus, 0,1% precisaram ser hospitalizadas devido à covid-19.
A pesquisa, chamada CovacManaus, conta com voluntários de 18 a 49 anos que trabalham na educação e segurança pública.
O estudo aplicou cerca de 10 mil doses doadas pelo Instituto Butantan. Ao todo, 5.087 pessoas receberam a primeira dose, e 5.071, a segunda. Entre os participantes da pesquisa, 72% tinham obesidade, 54% sofriam de diabetes, 36%, de hipertensão arterial e 27% eram imunossuprimidos.
Dados divulgados pela Agência Fiocruz de Notícias mostram que, entre os participantes, 2,6% tiveram infecções sintomáticas por covid-19 depois da imunização. Em 0,1%, o caso evoluiu para hospitalização e, em 0,04%, houve necessidade de leito de terapia intensiva (UTI). No universo de cerca de 5 mil vacinados, 0,02% morreram de covid-19.
A pesquisa indica que 91% dos vacinados apresentaram anticorpos detectáveis após a primeira dose, e 99,8%, após a segunda.
CoronaVac reduz mortes de
pessoas com mais de 70 anos
O governo de São Paulo apresentou ontem dados, informando que a vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan e a Sinovac, reduziu em 88% as mortes de pessoas com mais de 70 anos no Brasil.
Os dados do Sivep-Gripe (Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe) do Ministério da Saúde indicam que a média semanal de mortes por covid-19 entre as pessoas com 70 anos ou mais caiu de 1.316 por dia em 28 de março para 164 em 20 de agosto. A queda de 88% considera todo o território nacional.