Brasília – O presidente Lula disse, ontem (29), que sua indicação para a cadeira vaga como ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) será pessoal e que ele não irá “repartir com ninguém”. A declaração foi dada pelo presidente no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, onde o petista recebeu o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O principal “candidato” para o espaço aberta com a aposentadoria de Ricardo Lewandowski, é o advogado Cristiano Zanin, que defendeu Lula nos processos da Operação Lava-Jato.
Lula foi questionado por jornalistas se faria a indicação ainda nesta semana e o presidente disse respondeu que “Isso é uma coisa tão minha que eu não quero repartir com ninguém”. Se, de fato, Cristiano Zanin for o “ungido” de Lula, terá que passar pela sabatina da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e enfrentar a base de oposição ao governo.
Em março, durante uma entrevista, o petista comentou sobre a possibilidade de apresentar o nome do advogado. Na ocasião, ele afirmou que está “consultando muita gente” antes de tomar uma decisão e que “todo mundo compreenderia”, caso ele indicasse o jurista que o defendeu na Lava-Jato.
“Hoje, se eu indicasse o Zanin, todo mundo compreenderia que ele merecia ser indicado. Tecnicamente ele cresceu de forma extraordinária. É meu amigo, meu companheiro, como outros são meus companheiros”, disse Lula em entrevista à BandNews. “A pessoa tem que ter caráter. Eu vou levar em conta o caráter. Não só isso. Mas vou levar em conta. Eu consulto muita gente. Consulto advogados, consulto muita gente de outros estados para saber”.
De acordo com informações publicadas pelo Estadão, o presidente Lula promoveu um churrascom com os ministros da Suprema Corte e teria dito que a indicação do seu ex-advogado para a vaga de Ricardo Lewandowski, que se aposentou em abril, acontecerá oficialmente na próxima semana.
Foto: Divultação/PT