Vereadores que já se anunciaram pré-candidatos às 10 cadeiras na Câmara Municipal de Umuarama para a legislatura de 2021/2024, esperaram chegar o momento certo (abertura da janela partidária) para começarem se filiarem em novos partidos na elaboração dos planos políticos para a próxima campanha política municipal, que aparentemente já começou.
Teve até vereador que não pretende lutar por uma vaga no legislativo e também mudou de partido. Dois deles chegaram a abandonar presidências de diretórios municipais de partidos tradicionais.
Ana Novais
Ana Novais foi para o PSL (Partido Social Liberal). A vereadora que era do PPL (Partido Pátria Livre), deixou a sigla assim que o partido fez uma fusão com o PCdoB, fator que desagradou a parlamentar. “A ideologia criada pelo partido com a fusão não é a mesma que sigo, por isso decidi sair e procurar outro partido no qual eu tenha ‘voz’ e que eu siga nas mesmas convicções”, explica Ana, ressaltando que teve de brigar na justiça pela desfiliação.
Assim que houve a liberação jurídica ela pôde fazer a filiação ao PSL a pedido do deputado estadual delegado Fernando Martins. “O Delegado Fernando é o presidente do partido em Umuarama e fez o pedido para que eu me filiasse ao PSL. Resolvi seguir ao lado dele nesta caminhada política”, cita.
Até agora, o deputado estadual Delegado Fernando é um ‘braço forte’ do pré-candidato a prefeito de Umuarama, Antonio Fávaro (Progressistas). “Nos bastidores já está até correndo a informação de que Ana Novais pode ‘fechar’ como vice de Fávaro”, comentou Deybson Bitencourt, que também é aliado do candidato à prefeito pelo Progressistas.
Deybson Bitencourt
Na mesma bancada (oposição) na Câmara Municipal de Umuarama, o jovem Deybson Bitencourt que trocou a filiação e a presidência do PDT (Partido Democrático Trabalhista) pelo Progressista. Atualmente dirigido em Umuarama pelo advogado Sandro Gregório. A troca foi a convite do pré-candidato a prefeito Antonio Fávaro.
Deybson está em sua primeira legislatura municipal e, entre os trabalhos realizados na Câmara, preside a Comissão Parlamentar de Inquérito do Transporte Público, que analisa e investiga detalhes do contrato entre o município e a empresa de transporte coletivo urbano, Viação Umuarama Ltda. Bitencourt afirmou que não será pré-candidato a vereador na campanha eleitoral 2020.
Jones Vivi
Outro parlamentar a filiar-se no PSL foi Jones Vivi, que deixou a presidência do diretório municipal e a filiação do PTC (Partido trabalhista Cristão). Ele também foi convidado pelo Delegado Fernando a integrar a sigla. Jones é pré-candidato a vereador e faz parte da bancada de oposição no Legislativo.
Mateus Barreto
Já anunciado anteriormente nesta editoria, o vereador Mateus Barreto, que estava no Cidadania, trocou a sigla pelo Podemos a pedido do prefeito de Guarapuava, presidente do diretório estadual. No noroeste do Paraná, o comando é de Clovis Palozi e, com esta filiação, Mateus passou a ser o mandante do partido em Umuarama.
Comparsi e Ronaldo Cruz
Toninho Comparsi permanece no MDB e não deu sinais de que pretende se candidatar a vereador ou tentar outro cargo político no futuro. Ronaldo Cruz Cardozo saiu do MDB e foi para o PROS (Partido Republicano da Ordem Social), presidido em Umuarama pelo servidor público municipal aposentado Paulo Cezar (PC).
Noel do Pão, Ornelas e Newton Soares
Da mesma forma que Toninho Comparsi, o presidente da Câmara, vereador Noel do Pão não deixou seu partido de origem. Ele continua no PSC (Partido Social Cristão).
Maria Ornelas que era do Podemos e Newton Soares, que ocupava uma cadeira da Câmara pelo PSDB, trocaram suas siglas pelo PSD (Partido Social Democrático), onde permanece o vereador Junior Ceranto, transformando atualmente o PSD no partido mais forte na Câmara Municipal.
Janela partidária
Começou na quinta-feira, 5 de março, o período chamado de ‘janela partidária’, no qual vereadores que pretendem concorrer à reeleição ou ao cargo de prefeito nas Eleições Municipais de 2020 puderam mudar de partido, sem correr o risco de perder o mandato eletivo. O prazo para troca de legenda terminou no dia 3 de abril, seis meses antes da realização do primeiro turno do pleito, que deverá acontecer em 4 de outubro, se o coronavírus não mudar a data.