Usina fica fora do plano devido à sua estrutura binacional
Foz do Iguaçu – O governo federal descarta por ora incluir a Usina Hidrelétrica de Itaipu no processo de privatização da Eletrobras. A informação é do ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, em entrevista coletiva ontem (22) no Ministério do Meio Ambiente.
No caso de Itaipu, por se tratar de usina binacional, depende de acertos com o Paraguai. “A [desestatização] da Itaipu será analisada em função dos acordos bilaterais com o Paraguai”, explicou o ministro.
A privatização da Eletrobras foi anunciada no fim do dia de segunda-feira. A expectativa é de que, controlada pela iniciativa privada, a Eletrobras favoreça, a médio prazo, uma tarifa de energia mais barata. “Com a eficiência e redução do custo, nossa estimativa é de que no médio prazo tenhamos uma conta de energia mais barata", afirmou. A decisão de desestatizar a empresa será submetida nesta quarta-feira ao Conselho do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos).
O diretor-geral brasileiro de usina, Luiz Fernando Leone Vianna, avaliou a decisão anunciada pelo governo brasileiro: "Estamos em contato com o Ministério de Minas e Energias e com a Eletrobrás, tomando todos os cuidados jurídicos, de forma que o tratado não seja afetado”, disse.
O diretor-geral do lado paraguaio, James Spalding, endossa as palavras do colega brasileiro.
A hidrelétrica é responsável pelo abastecimento de 17% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 76% do Paraguai.