Enquanto estados e União rebolam para conseguir dar algum reajuste salarial para o funcionalismo, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) dão um show de falta de patriotismo, compromisso com a nação, num “tô nem aí” para o restante da população.
Para se ter uma ideia, o reajuste dos próprios salários de 16,38% aprovado na quarta-feira à noite terá um impacto direto de R$ 243,1 milhões por ano nos cofres da União. Mas fica pior. Pois tem o efeito cascata. E essa conta sobe para R$ 4 bilhões considerando governos federal e estaduais.
Se os ministros tivessem apenas esse salário (hoje de R$ 33,7 mil e que pode chegar a R$ 39 mil ano que vem), talvez até se justificaria o aumento. Mas isso é uma pequena parte dos seus vencimentos, que são engordados com auxílio-moradia, auxílio-educação, auxílio-terno, e outros tipos de auxílio pagos por atividades diversas.
Nem de longe esse é o momento de tal medida. Será que os ministros não leem jornais, não assistem a nenhum tipo de noticiário?
O Brasil tenta juntar os caquinhos para se reconstruir e sair da crise, enfrentando adversidades diferentes a cada momento que reduzem as estimativas de crescimento.
O posicionamento desses ministros mostra claramente que, na suprema corte brasileira, é cada um por si e o restante do Brasil por conta e risco.
Se faltavam motivos para rever a nomeação e continuidade das cortes maiores agora já são suficientes. Chega de decisões monocráticas contraditórias, que põem toda a magistratura em xeque. Chega de estarem acima do resto da nação. Eles deveriam ser o exemplo para os cidadãos brasileiros. Mas, do jeito que está, é preciso mudar a tarja para censura máxima de forma a ninguém tomá-los como exemplo.