Cascavel – O Conselho Municipal de Saúde de Cascavel aprovou nessa segunda-feira (2) a implantação do Hospital de Retaguarda Microrregional de Cascavel. Mas se absteve de aprovar a gestão pelo Consamu (Consórcio Intermunicipal Samu Oeste).
Horas antes da votação do projeto pelo CMS, a Comissão de Atenção à Saúde e Avaliação de Projetos se reuniu com o secretário de Saúde do Município, Thiago Stefanello, para apresentar questionamentos em relação a diversos pontos da proposta do Hospital Microrregional (uma vez que o Hospital Municipal já havia sido aprovado em março, mas agora, além de Cascavel, ele deve ser referência para Lindoeste, Catanduvas e Santa Tereza do Oeste), e, principalmente, sobre a gestão.
A principal dúvida foi sobre o custeio. “A prefeitura não tem como manter o hospital, nem na primeira fase, com os 40 leitos. Então, caso o Estado não se responsabilize a fazer o repasse, o hospital não será aberto”, garante o secretário.
Se o Estado suspender o repasse após alguns meses, Thiago disse que, nesse caso, a unidade será fechada.
Thiago afirma que já houve a garantia do custeio de cerca de R$ 1,2 milhão mensais pelo Estado e com a aprovação da CIR (Comissão Intergestores Regional), do Consamu e agora do Conselho. O próximo passo é documentar.
Gestão
Os conselheiros são contrários ao Consamu gerir o hospital. Eles temem que os municípios não tenham controle sobre o serviço prestado. O secretário disse que uma comissão de fiscalização será formada para verificar e aprovar as contas. Além disso, a Prefeitura de Cascavel deve ceder três servidores – superintendente, diretor técnico e coordenador de enfermagem do hospital – e todas as indicações devem ser aprovadas pelo Conselho.
Valores
Os conselheiros tinham dúvidas sobre a contratação de serviços laboratoriais e exames. “Toda essa parte já está inclusa no valor de custeio que será repassado ao Consamu e é ele quem vai contratar por meio licitatório esses prestadores”, explicou Thiago.