Chamamento internacional
Os ambientalistas e a comunidade internacional devem se unir para uma contraofensiva pelo que se espera do perfil de agronegócio do Governo de Jair Bolsonaro no Ministério do Meio Ambiente. "O mundo está assustado", garante à Coluna um dos ganhadores do Prêmio Nobel da Paz em 2007, o biólogo americano Philip Fearnside. Ele aposta que a contraofensiva ambientalista se dará com diálogo em três frentes: "Ouvir militares, apoiadores religiosos (a bancada evangélica)" e a entrada forte de "grupos climáticos internacionais". Para Fearnside, o apoio da bancada evangélica e dos militares é importante porque há ambientalistas conceituados em seus quadros, e preocupados com o futuro do ecossistema. Fearnside é especialista no tema e ganhou o Nobel como membro do Intergovernamental Panelon Climate (IPCC).
Batalha
Para o cientista, o embate com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) será duro: "O mundo está assustado porque não prevê sentar à mesa e mudar sua (a do presidente) opinião".
Risco duplo
"Também preocupa o desmatamento para grandes obras", diz Fearnside, ao citar as obras de hidrelétricas na região amazônica. "Em termos científicos temos também o problema de financiamento de pesquisas".
Mundo atento
O Nobel da Paz palestrou para jornalistas do Brasil, da Argentina, do Uruguai, do Paraguai e do México no 2º E-Latino (Encuentro de Periódicos de Latinoamérica), realizado na vila de Tumbira, à beira do Rio Negro, no sábado.
Maitê
Sondada para chefiar o Ministério do Meio Ambiente e sem nenhuma experiência na área, a atriz Maitê Proença é ex-esposa e tem um filho com o empresário Paulo Marinho, um dos principais nomes na órbita do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).
BNDES 1
Confirmado como futuro presidente do BNDES, Joaquim Levy cessou o modelo de estímulo ao investimento baseado em crédito barato logo que assumiu o Ministério da Fazenda do governo de Dilma Rousseff, em 2015.
BNDES 2
Levy impôs regras que restringiu empréstimos para empresas com taxas de juros subsidiadas pelo governo em bancos públicos, como BNDES. Crítico do modelo econômico dos governos do PT, o então chefe da Fazenda mudou as regras após o banco registrar, entre 2008 a 2014, volume de empréstimos de R$ 190 bilhões.
Vaquinha
O PT ainda não conseguiu arrecadar nem metade dos R$ 4,3 milhões que pediu à militância em doações pela vaquinha virtual para tentar quitar os gastos da campanha do candidato derrotado à Presidência Fernando Haddad.
Diferença
Bancada pelos fundos Partidário e de Financiamento Eleitoral, a campanha de Haddad custou mais de R$ 37 milhões. Os R$ 4,3 milhões que o partido tenta levantar via vaquinha são para pagar a diferença entre os gastos e a arrecadação declarados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Cid Gomes
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, lança amanhã a candidatura de Cid Gomes à presidência do Senado. Eleito pelo Ceará, o irmão de Ciro Gomes espera ter o apoio do PSD, Partido Verde e da Rede.
Vigilância
Em encontro com representantes da sociedade civil, no Clube de Engenharia, Rio de Janeiro, o embaixador Celso Amorim e o ex-senador e presidente do Centro Celso Furtado, Saturnino Braga, decidiram criar a Frente Ampla de Vigilância ao governo Bolsonaro.
Ministério do Trabalho
A notícia de que o Ministério do Trabalho será extinto demonstra que "o novo governo será entreguista, pois pretende acabar com os direitos dos trabalhadores, além de elitista e antidemocrático, pois quer governar sem partidos”, afirmou Saturnino.
Moro & PF
O primeiro encontro público do futuro ministro da Justiça, juiz Sérgio Moro, com os policiais federaisjá tem data para ocorrer. Será no dia 28 de novembro, em Curitiba (PR), durante o Congresso Nacional dos Policiais Federais (Conapef). O jurista já confirmou presença no evento e fará a palestra de abertura.