Cascavel – Com sol e clima agradável, o domingo de eleições em Cascavel foi marcado pela tranquilidade. A expectativa de problemas que poderiam ocorrer nos colégios eleitorais, escolas, tanto na área urbana e na área rural não se concretizou, mas o que desde cedo foi registrado e que marcou essa eleição foi a quantidade de santinhos “derramados” em frente aos locais de votação.
A Polícia Militar esteve em alguns dos locais e recolheu o material, colocando em sacos de lixo. O capitão Diego Astori da Polícia Militar disse que no Colégio Marilis, no centro da cidade, eles recolheram grande quantidade de panfletos, fizeram o Boletim de Ocorrência e encaminharam todo o material para a Polícia Federal. Além desse local, também foi identificado o mesmo material nas proximidades do colégio estadual do Bairro Santa Cruz, uma escola no Aclimação e outra no Bairro Brasília.
“Trabalharam contra o meio ambiente e contra a legislação federal, por isso, fizemos o recolhimento e vamos dar os encaminhamentos devidos”, disse Astori. Além disso, um ex-vereador da cidade e candidato a deputado estadual foi denunciado por cometer crime eleitoral. Segundo Astori, eles receberam informações sobre uma situação de boca de urna, denunciado pela a diretora do local de votação, no Bairro Interlagos.
A diretora informou que viu o ex-vereador e candidato a deputado estadual abordando as pessoas e avisou um juízo. Em seguida, a Polícia Militar foi avisada de que o candidato teria ido a um bar fazer uso de bebida alcoólica e pedir votos, mas quando os policiais chegaram ao local ele não foi encontrado. Um boletim de ocorrência foi lavrado e a Justiça Eleitoral foi informada.
Em todo o Paraná, mais de 7 mil agentes da segurança pública foram mobilizados para garantir a segurança dos paranaenses. Além disso, viaturas, aeronaves e embarcações estiveram de prontidão em caso de necessidade. Mais 70 ocorrências foram registradas no estado, em uma ação conjunta das forças de Segurança Pública do Paraná.
Urnas
Em Cascavel, foram 233.753 eleitores que estavam aptos a votar, num total de 661 seções eleitorais. Durante todo o dia apenas três urnas apresentaram problemas, mas foram substituídas e a votação transcorreu tranquilamente. Cada seção tinha uma urna, mas a Justiça Eleitoral tinha ainda mais cerca de 200 para possível reposição.
Em todo o estado, das 25.856 urnas eleitorais utilizadas em 4.768 locais de votação, em torno de 260 foram substituídas até o último levantamento correspondendo a 1% do total. Os equipamentos com problemas técnicos foram substituídos por outros de contingência, com as mesmas informações. Os votos registrados até a substituição da urna com defeito foram computados normalmente.
A cidade de Toledo enfrentou problemas com mais de 30 equipamentos que apresentaram falhas e que, por isso, foi necessário usar os aparelhos de contingência de Cascavel. Na Escola Olivo Beal, no Bairro César Park, foi necessário esperar mais de 2 horas pela substituição e iniciar a votação. No restante, a troca foi mais rápida e ocorreu a votação tranquilamente.
Foto: ABR
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Mais de 3,2 mil urnas substituídas
Pelo menos 3,2 mil urnas eletrônicas foram substituídas, segundo o número de ocorrências registradas durante a votação em todo o país, de acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).O número corresponde a 0,60% do contingente de 472 mil equipamentos que estão sendo utilizados nas eleições. O TSE também informou que uma seção eleitoral registrou votação manual.
A substituição de urnas eletrônicas é um procedimento normal a cada eleição, e a Justiça Eleitoral já prepara previamente milhares de equipamentos “extras” que podem ser colocados em operação de imediato.
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Em todo Brasil foram 939 registros de crimes eleitorais e 307 prisões
Brasília – Balanço da Operação Eleições 2022 divulgado às 17h de ontem (2), pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, contabilizava 939 crimes eleitorais e 307 prisões em todo o país. Foram 233 registros de crimes de boca de urna e 149 de compra de votos/corrupção eleitoral. Há, ainda, 33 casos de violação ou tentativa de violação do sigilo do voto. O estado com maior número de flagrantes de crimes eleitorais é Minas Gerais, com 97 registros. Goiás e Paraná tiveram 91 registros de prisão, cada. Acre vem na sequência com 72 flagrantes de crimes, seguido do Pará e do Rio de Janeiro, ambos com 60 registros.
Das 307 prisões, 38 foram registradas em Roraima; 32 no Amazonas; 30 no Pará; 25 em Minas Gerais; e 24 no Acre e no Amapá. Foram 40 casos de transporte irregular de eleitores, dos quais 11 no Pará; seis no Amazonas; e cinco no Rio Grande do Norte. Os estados com mais registros de boca de urna são Paraná e Goiás – ambos com 28 registros.
Na sequência vem Acre e Minas Gerais, com 23 ocorrências cada; Rio de Janeiro (21); Mato Grosso (15) e Santa Catarina (13). De acordo com o balanço, R$ 1,969 milhão apreendido com suspeitos. No Paraná foram apreendidos R$ 700 mil. No Piauí, mais R$ 383,8 mil; e em Roraima, R$ 207 mil. Ao todo, 11 armas foram apreendidas próximas aos locais de votação.
Dos 74 crimes comuns cometidos em locais de votação, 64 foram contra candidatos. O Rio de Janeiro é o estado com maior quantidade deste tipo de crime (24), com uma incidência quatro vezes maior do que a do segundo lugar, que foi Goiás, com seis ocorrências. Em terceiro lugar está o Ceará, com cinco registro de crimes contra candidatos.
Dos 20 casos de falta de energia elétrica nos locais de votação, nove foram em Minas Gerais; quatro no Piauí; três no Amazonas. Bahia, Distrito Federal, Espirito Santo e Maranhão registraram um caso, cada. Ainda segundo o balanço do ministério, até o momento foram registrados 92 incidentes de segurança pública e defesa civil. Em Minas Gerais foram 31 incidentes. Goiás e Piauí tiveram 13 incidentes, cada, seguidos de Pernambuco (6).