Política

Cadê as eletivas?

O vereador Roberto Parra (MDB), presidente da Comissão de Saúde, acionou a Secretaria de Saúde de Cascavel para cobrar um posicionamento em relação às cirurgias eletivas. Há um ano a prefeitura assinou contrato para realizar 3,8 mil procedimentos em especialidades como oftalmologia, ortopedia, ginecologia, urologia, otorrinolaringologia, cirurgias plástica e vascular. Foram contratados nesse mutirão hospitais de Cascavel e também da região, no entanto, conforme Parra, essas instituições particulares estão se negando a realizar as cirurgias consideradas mais caras, privilegiando aquelas que dão mais lucro. “Existe uma demanda grande em várias especialidades. Percebemos que apenas em oftalmologia a fila é praticamente zero”, diz o vereador.

O vereador quer saber quais são os hospitais e as clínicas médicas contratados e quantas cirurgias eletivas foram realizadas em 2017 e quais os tipos de cirurgia. “Como agente fiscalizador, farei uma análise detalhada sobre a questão e, se necessário, tomarei medidas mais drásticas quanto a possível descumprimento dos serviços que devem ser executados por essas empresas que recebem dinheiro público”.

Pela verificação da Comissão de Saúde, 60% de todos os procedimentos foram realizados, no entanto, esses restantes são os mais caros e negados pelas clínicas contratadas. Por isso, a saída, segundo Parra, seria elevar o teto pago pelas cirurgias. “Queremos saber do [prefeito Leonaldo] Paranhos se é possível aumentar o teto das cirurgias, que é de R$ 1 mil, para dar continuidade a outras especialidades”, disse.

Leilão da frota

Roberto Parra também fez uma sugestão em relação à frota da Secretaria de Saúde: que sejam leiloados os veículos com mais de cinco anos de uso. “Eles têm um custo muito elevado de manutenção – em muitos casos, o conserto equivale ao valor do veículo. Então que sejam leiloados os carros e comprados novos”, diz o parlamentar, que cobrou explicações ao Município sobre a frota atual.