Policial

Programa Crack é Possível Vencer continua só no papel

Previsão é de que programa comece a funcionar apenas em julho de 2016

Cascavel – O Programa Crack é Possível Vencer, do governo federal, ainda não começou em Cascavel. O motivo, segundo a Secretaria Antidrogas, é o fato de as 20 câmeras de videomonitoramento que já deveriam ter sido entregues ainda não chegaram. E a previsão, de acordo com o Ministério da Justiça, que coordena o projeto em todo País, é de que isso só aconteça em julho de 2016.

Enquanto isso, os demais equipamentos já entregues estão parados. Quando da adesão da Prefeitura de Cascavel ao programa, o Ministério anunciou que seriam enviados para Cascavel uma base móvel, dois veículos sedan, duas motocicletas, 50 armas de condutividade elétrica e 300 espargidores, mais conhecidos como sprays de pimenta, além das câmeras. A única coisa que não chegou são as câmeras, o bastante para inviabilizar o início do projeto, segundo Secretaria Antidrogas.

“Não temos como colocar em operação o micro-ônibus por falta das câmeras”, esclareceu o secretário municipal Eugenio Rosseti Filho, o Geninho.

Ele citou que está sendo viabilizada a possibilidade de utilização do veículo em trabalhos de prevenção e abordagens. Vale lembrar que o projeto foi implantado em Cascavel há dois anos.

O Paraná questionou o Ministério da Justiça a respeito da demora na entrega das câmeras e o que ainda falta para que elas sejam enviadas. Segundo a assessoria de imprensa da pasta, o processo está em fase de cotação para posterior aquisição.

Policiais e guardas patrimoniais receberam treinamento para desenvolver o programa e, diante da demora, esse trabalho deverá ser refeito.

“Muitos que fizeram a capacitação já não estão mais em Cascavel. Por isso estamos viabilizando parte do quadro de guardas patrimoniais para iniciarmos o trabalho de abordagem preventiva”.

Questionado a respeito de quando isso deve começar a ser feito, o secretário ressaltou que o serviço está em fase de “organização”.

Serviços

Para tentar minimizar os impactos que o entorpecente causa nas pessoas, o secretário Geninho disse que enquanto o programa federal não sai do papel, o Município está se virando do jeito que pode. Segundo ele, cerca de três mil pessoas já procuraram a pasta em busca de orientação para tratamento contra as drogas.

“Aumentou muito a procura por tratamento do alcoolismo, inclusive entre mulheres. O tratamento não consiste somente na internação, mas passa por mudança de comportamento dos familiares, aos quais indicamos os grupos de autoajuda”.

Dentre os locais para tratamento citados pelo secretário está o SIM-PR, que faz parte do eixo de cuidados.

“Os pacientes são encaminhados para esta unidade, que atende na modalidade de acolhimento”.

(Com informações de Tissiane Merlak)