Curitiba – Vinte e três pessoas presas na Operação Alexandria começam a ser julgadas ontem, em Curitiba. Ao invés dos presos irem até a Vara Criminal, eles foram reunidos em uma sala na Penitenciária Estadual de Piraquara. A iniciativa partiu do Poder Judiciário, com a anuência do Depen (Departamento de Execução Penal do Paraná).
Este é apenas um dos 31 processos abertos pelo MP-PR (Ministério Público do Paraná), que denunciou 778 pessoas após a deflagração da megaoperação, em dezembro de 2015, quando quase 800 pessoas foram detidas por envolvimento com uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios. Dos 23 réus, apenas três estão soltos.
Esta prática de videoconferência é de extrema importância para a Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária, porque além de evitar o transporte de presos, economiza tempo e recursos públicos. Sem falar num possível risco de arrebatamento destes presos faccionados, disse o secretário Wagner Mesquita.
A prática de julgamentos por videoconferência é recente no Paraná. No último dia 25, o Depen, em parceria com o TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná), realizou quatro audiências por videoconferência com presos na Casa de Custódia de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.