Policial

PF aponta que militares agiram em legítima defesa contra MST

Os trabalhos de investigação apontam que os policiais agiram em legítima defesa e que os membros do movimento é que iniciaram o tiroteio

Quedas – A Polícia Federal concluiu o inquérito que apurou o confronto entre a Polícia Militar e integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) em Quedas do Iguaçu. Os trabalhos de investigação apontam que os policiais agiram em legítima defesa e que os membros do movimento é que iniciaram o tiroteio.

O confronto aconteceu no dia 7 de abril, em uma fazenda que pertencente à empresa Araupel e invadida pelo MST, e resultou na morte de Vilmar Bordim e Leomar Orbach, ambos integrantes do MST. Na ocasião, outras duas pessoas ficaram feridas. Tanto os policiais quanto os sem-terra afirmavam que tinham sido vítimas de emboscada.

Durante o inquérito, a PF concluiu que a PM agiu em legítima defesa, não tendo sido detectado excesso por parte dos policiais envolvidos. Além disso, apontou que o tiroteio foi iniciado por integrantes do MST, gerando a reação por parte dos militares. “Concluiu-se que a ação policial resultou da utilização proporcional do uso da força em legítima defesa, não tendo sido detectado excesso por parte dos policiais envolvidos”, diz o relatório.

“Depois de todas as provas colhidas, testemunhais, periciais, exames cadavéricos, reconstituição, a conclusão corrobora a tese da Polícia Militar, de que não houve excesso na ação que resultou, infelizmente, na morte dos trabalhadores sem-terra”, ressaltou o delegado Celso Mochi, que conduziu as diligências.

Apesar de concluir que o MST iniciou o tiroteio, a PF não indiciou nenhum integrante do movimento pelo ocorrido, uma vez que não restou evidenciado que outras pessoas envolvidas e identificadas portavam armas de fogo no momento do confronto, exceto dois integrantes que morreram.

“São vários elementos encontrados que robustecem a versão apresentada pelos policiais. Foram encontradas armas junto às pessoas que foram vitimadas, munições, cápsulas deflagradas. Apesar disso, não conseguimos identificar outras pessoas com armas, que pudessem ser responsabilizadas”, comentou o delegado Emerson Rodrigues.