Cascavel – As duas mulheres acusadas de matar, em março do ano passado, a menina Maria Clara Zortea Ramalho, foram ouvidas ontem pela Justiça. Giulia Albuquerque e Vanessa Aparecida Ramos do Nascimento foram levadas ao Fórum de Cascavel para a primeira audiência de instrução do processo.
O caso segue em segredo de justiça e causou grande comoção popular quando o corpo da criança, de apenas seis anos, foi encontrado em uma mata de uma propriedade particular localizada entre os municípios de Cascavel e Santa Tereza do Oeste.
Vanessa, mãe da menina, foi diagnosticada com esquizofrenia depois de um exame realizado no Complexo Médico Penal em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.
Segundo o processo, Giulia foi morar na casa de Vanessa e, poucos meses depois, começou a agredir a criança fisicamente alegando que a menina precisava sofrer certos tipos de punição para se purificar das coisas erradas que fazia.
No início de março, em um ritual satânico, Maria Clara foi brutalmente agredida e depois colocada no porta-malas de um carro até que seu corpo fosse purificado.
Cerca de oito horas depois ela foi retirada já sem vida do carro e seu corpo deixado um dia sobre a cama da mãe antes de ser enterrado por Giulia e Vanessa.
A morte só foi descoberta depois que o pai da menina resolveu procurar a polícia dizendo que desde fevereiro a criança não era mais vista, nem frequentava a escola.
(Com informações de Tissiane Merlak)