Cascavel – “Nós já havíamos o prendido, em Laranjeiras do Sul. Ele é uma pessoa perigosa e teria, sim, capacidade para matar outra pessoa”. Esta frase foi utilizada pelo delegado-chefe da 15ª SDP (Subdivisão Policial), Adriano Chohfi, para descrever Joelson Telles, de 26 anos, apontado como autor do latrocínio de Ingrid Lapuse, na tarde de sábado.
O rapaz foi detido pela Polícia Militar, no Bairro Santa Cruz, após disparar diversas vezes contra uma equipe, durante tentativa de abordagem. O suspeito, que estava com o carro da mulher, ainda tentou fugir a pé, mas foi perseguido pelos militares e baleado na perna. Diversos pertences roubados da casa da vítima foram localizados no veículo.
Após a prisão de Joelson, a PM passou a realizar diligências e localizou a casa de Ingrid. Na chegada à residência, a surpresa. Os policiais encontraram a mulher já sem vida, com um cinto enrolado no pescoço e preso à maçaneta de uma porta.
“A princípio, a causa da morte foi por enforcamento. Mas somente um laudo poderá confirmar isso”, afirmou o delegado.
Agora, a Polícia Civil faz levantamentos para saber se Joelson agiu sozinho ou se o crime contou com a participação de um comparsa. Digitais coletadas no local do crime serão confrontadas com o banco de dados do Instituto de Identificação.
“Ele não confessa o crime, mas a versão apresentada por ele é muito fraca. Apresenta versões diferentes”, complementa Chohfi.
Apesar de considerar pouco provável, a Polícia Civil não descarta a hipótese de envolvimento do ex-marido de Ingrid no crime. Segundo o delegado, o casal tinha desavenças antigas. A vítima ainda teria uma medida restritiva contra o ex, no entanto, a informação não foi comentada por Chohfi.
O ex-marido esteve na casa de Ingrid na manhã de sábado para buscar os três filhos. Ele afirmou ter tentado contato telefônico com a mulher por volta das 12h, mas sem sucesso. Ingrid era de Campo Mourão e morava em Cascavel há cerca de três meses.
