Policial

Homem mata esposa e filha afirmando ter recebido 'ordem divina' e convive com corpos por mais de 4 meses

Suspeito de 57 anos foi preso em Pedro Juan Caballero, na fronteira do Paraguai com MS. Segundo médico legista, corpos ficaram de 4 a 6 meses na residência da família e estavam sem os órgãos

Homem mata esposa e filha afirmando ter recebido 'ordem divina' e convive com corpos por mais de 4 meses

Um homem de 57 anos confessou ter matado a esposa de 48 anos e a filha de 20 anos após afirmar ter recebido uma “ordem divina”. O crime ocorreu em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia na fronteira com Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul. Os corpos das duas foram encontrados em estado avançado de putrefação na tarde dessa terça-feira (2). A polícia não informou a nacionalidade do assassino.

Segundo a Polícia Nacional do Paraguai, um vizinho da casa acionou o Corpo de Bombeiros por sentir um mau cheiro vindo do local. Os bombeiros foram até o bairro residencial de Pedro Juan Caballero, constataram o mau odor e pediram para entrar na residência.

O proprietário da casa chegou a tentar impedir a entrada, mas os militares paraguaios acessar o local. Lá dentro, os bombeiros encontraram os corpos de mãe e filha em avançado estado de putrefação, deitados em camas separadas. Conforme o médico legista Cesar González Haiter, elas teriam sido mortas há cerca de 4 meses. Os corpos, segundo ele, estavam sem os órgãos.

Polícia paraguaia no local do crime, em Pedro Juan Caballero — Foto: Polícia Nacional Paraguai/Divulgação

Polícia paraguaia no local do crime, em Pedro Juan Caballero — Foto: Polícia Nacional Paraguai/Divulgação

Equipes de criminalística da Polícia Nacional do Paraguai foram até o local para prender o suspeito do crime e investigar de que modo as mulheres foram assassinadas. De acordo com o médico legista, não há marcas de violência nos cadáveres. Ainda de acordo com o Ministério Público paraguaio, o homem morava com outros três filhos homens, um jovem de 22 anos e dois adolescentes, de 15 e de 17 anos. Eles continuaram vivendo normalmente na residência mesmo com os corpos no local.

A polícia não confirma se os jovens participaram do crime, mas afirma que eles não denunciaram o pai nem comunicaram à polícia que os corpos continuavam na residência. O caso segue em investigação.

(G1 Paraná)