Policial

Crise faz golpe do emprego aumentar

Os golpistas costumam usar nomes de grandes empresas para atrair suas vítimas

Cascavel – Com uma queda significativa na abertura de novas vagas de trabalho em Cascavel, uma das preocupações da polícia agora é o chamado golpe do emprego. E o que seria esse novo golpe? São aquelas vagas anunciadas via redes sociais, na maior parte pelo Facebook, onde o suposto empregador oferece ganhos acima da média salarial para pequenas jornadas de trabalho. Os golpistas costumam usar nomes de grandes empresas para atrair suas vítimas.

De acordo com o delegado-adjunto da 15ª SDP (Subdivisão Policial), Ademair Braga Júnior, o simples anúncio da vaga não é considerado crime. “O problema é se essa pessoa está utilizando os dados fornecidos para a prática de outros golpes, como, por exemplo, a compra de algum produto”.

Segundo ele, as pessoas precisam ficar atentas e não fornecer seus dados pessoais para quem não conhece. “É difícil o cidadão comum saber o que é verdade e o que é mentira nesse caso. O simples fornecimento de dados não é considerado um golpe. O que ocorre é que, muitas vezes, os golpistas usam isso para outras práticas e, até que se prove o contrário, que a vítima realmente não tem envolvimento, leva tempo”.

A orientação é desconfiar das ofertas tentadoras. “Deve-se evitar passar dados pelas redes sociais, por email, por telefone. Sempre que ver alguma vaga que lhe interesse, a pessoa deve procurar saber diretamente com a empresa se ela existe. E ainda procurar locais credenciados para captação de pessoas, como, por exemplo, a Agência do Trabalhador”.

O delegado salienta ainda que quem se sentir lesado de alguma forma deve procurar a polícia. “Pode ser feito o chamado boletim de fato futuro, que é uma maneira de tentar se precaver. Às vezes o golpista leva um tempo para praticar o ato ilícito e essa coleta de dados pode ser vista como um ato preparatório para o golpe em si. Aí caberá à Polícia Civil investigar se é ou não um golpe”.