Policial

'A polícia hoje trabalha na base do profissionalismo', diz Beltrame

RIO – O secretário de segurança pública, José Mariano Beltrame, concordou com as queixas do diretor das delegacias especializadas, delegado Ronaldo Oliveira, sobre a necessidade de equipamentos blindados para a segurança dos policiais que fizeram uma grande operação no Complexo da Maré nesta sexta-feira. Beltrame está no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, onde analisa um terreno para a montagem de um hospital para receber presos sob custódia.

– O delegado está coberto de razão. Estamos com uma aeronave blindada da Polícia Civil e outra da PM paradas. A polícia hoje trabalha na base do profissionalismo e das informações. A polícia vai atrás de checar essas informações muitas vezes sem os aparatos necessários para atuar. Sem dúvida, os equipamentos blindados foram comprados para proteger os policiais, mas estão parados. Não me chegam recurso para fazer a devida manutenção.

Nesta sexta-feira, um policial da Delegacia de Roubos e Furtos de Carga foi baleado durante confronto na Favela de Nova Holanda, onde desde cedo várias especializadas realizam buscas pelo traficante conhecido como Fat Family, que foi resgatado por bandidos no domingo. De acordo com o diretor das Especializadas, delegado Ronaldo Oliveira, o problema aconteceu por falta de apoio aéreo às operações. Segundo ele, os policiais estão trabalhando no limite.

Sobre o fato de ter ido ao complexo penitenciário de Bangu com uma aeronave Esquilo, o secretário justificou afirmando que o equipamento não é blindado e não foi solicitado na operação. Beltrame afirmou que ainda não sabe se terá liberdade para usar os R$ 2,9 bilhões, que serão destinados pelo Governo Federal, mas pretende atender, em primeiro lugar, o pagamento dos servidores.

– Eu não estou seguro para usar esse dinheiro. Se eu puder usar livremente, a primeira coisa que vou fazer é atender os servidores e cumprir com os contratos de manutenção de equipamentos.