Opinião

EDITORIAL: Redução de impostos e juros é prioridade

Depois de uma das piores e mais longas crises econômicas, os empresários voltam a ter esperança de um ano melhor. Pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que 54% dos empresários entrevistados esperam um cenário econômico melhor para o próximo ano e 71% anseiam que a nova gestão promova mudanças em relação às diretrizes atuais.

Mas, para que isso aconteça, eles listam as prioridades para o presidente que tomar posse dia 1º de janeiro: 52% destacam a redução de impostos e 34% a queda dos juros. Em terceiro lugar, aparece o combate à corrupção (28%), seguida da diminuição da burocracia (16%). E, para os próximos cinco anos, 37% dos empresários almejam mudanças no sistema tributário, tornando-o mais simples, transparente e eficiente. Já 36% desejam um país menos burocrático, que contribua para a atividade empreendedora, enquanto 31% querem políticas públicas que impulsionem o crescimento das empresas.

As demandas são antigas mas cada vez se tornam mais urgentes.

Especialistas garantem que, se o País fosse mais enxuto, menos burocrático e tivesse um custo menor, sofreria muito menos com as crises. Talvez até passasse ao largo delas.

Por muitos anos – séculos talvez -, o Brasil conviveu com a corrupção e uma máquina que cada vez crescia mais. A corrupção começou a ser desvelada e mecanismos implementados para controlá-la e até dificultá-la. Mas os ajustes fiscais ficaram esquecidos.

Sem dúvida, uma tarefa difícil de ser feita, porque, se fosse fácil, já teria sido colocada em prática. Só que agora não dá mais para ser adiada. O Brasil merece, depois de tudo o que já passou nesses últimos anos, um governo sério, competente e, sobretudo, comprometido.