Na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), semana passada, a diretoria do Banco Central chegou à conclusão de que a economia brasileira ganhou tração. Na ocasião, a taxa Selic foi reduzida de 5% para 4,5% ao ano, o melhor valor da história.
“Os trimestres seguintes devem apresentar alguma aceleração, que deve ser reforçada pelos estímulos decorrentes da liberação de recursos do FGTS e PIS-Pasep – com impacto mais concentrado no último trimestre de 2019”, acrescentou o Copom.
O otimismo do comitê vai se revelando em números. O PIB do último trimestre encerrado em outubro registra crescimento de 0,7%, que, embora longe do que precisamos para recuperar o tempo perdido, é importante, pois é maior que nada e sinaliza que o mecanismo voltou a girar, desta vez para frente.
O ano pode até surpreender, caso se confirmem as previsões otimistas no comércio e, de quebra, serviços, que também se aquecem nesta época do ano, com as férias e o verão.
Em outra frente, a indústria e a construção já deram sinais de avanço.
Tanto o crescimento quanto as reformas não se dão no tempo que ansiamos, mas o que importa é serem consistentes e graduais. Sempre avante, abrindo as portas para as demais mudanças que são necessárias.
O caminho está aberto para a queda no custo do crédito pessoal e empresarial, para o ajuste fiscal público e para a retomada do investimento. O importante é que tudo isso aconteça, para solidificar um novo momento do Brasil, que consiga recuperar o que foi perdido e avançar para novos patamares ainda não alcançados.