Opinião

Coluna Juliano Gazola: Sua própria educação

Coluna Juliano Gazola: Sua própria educação

Sua própria educação.

Sua maturidade e educação são itens concretos e necessários para sua evolução.

Um grande personagem na história da humanidade, Aristóteles, filósofo grego citou que a educação começa pelos nossos sentidos.

Fica óbvio quando tentamos imaginar, a tentativa de ensinar matemática financeira a um bebê.

Num primeiro momento, este bebê deve aprender a ver o mundo, a sentir as coisas boas e ruins e até mesmo reconhecer os sons, principalmente à voz da mãe.

Após certo tempo, a criança ficará encantada com as figuras dos livros infantis, assim como os pais babões ficarão maravilhados quando a criança começar a repetir os sons ditos por eles.

Provando que nada que a criança aprende, vem de conceitos abstratos.

Não podemos nos deixar enganar, pois mesmo na idade adulta, nosso aprendizado passa pelos sentidos. Você deve concordar comigo que compreender os conceitos abstratos da vida, dentro de um ambiente de sensibilidade deseducada é extremante difícil.

Seja na arte, na matemática, filosofia e a espiritualidade.

Por isto, convido a você para refletir sobre o seguinte: Não há entendimento de absolutamente nada do que é abstrato, se não encontrarmos um exemplo concreto.

Felizmente, não estamos abandonados no processo de aprendizado.

Foi-nos deixado, pelos grandes artistas, grandes legados, grandes obras primas. E para conquistar mais maturidade e mais inteligência, devemos desfrutar destas obras.

Faça alguns testes. Pense no número 3. Você consegue imaginar o número 3 em abstrato, ou 3 canetas, 3 pontinhos, ou alguma coisa com 3 unidades.

Agora, tente imaginar a palavra bondade. O que vem a sua cabeça? Seria a definição de bondade no dicionário ou alguma coisa boa, uma esmola, uma ajuda qualquer, uma pessoa bondosa.

Avançamos um pouco mais, tente imaginar a beleza. Vem a sua cabeça o pensamento de algum escritor. Ou um filme, uma música, uma pessoa que você considera bela?

Este exercício é maravilhoso, libertador e assustador ao mesmo tempo, pois faz você perceber que na busca pela imagem de algum conceito, você mergulhou nas lembranças dos sentidos.

Na vida adulta, continue de alguma forma a educar os seus sentidos.

Pegue um papel e escreva: Qual o último filme que você assistiu, música que ouviu, livro que leu.

O que você escreveu, sobreviveu há pelo menos 200 anos? A mim, assusta quando reflito e percebo que algumas das coisas que escrevi, pertencem ao mundo do imediatismo. Fizeram-me sentir fome de algo com sentido muito maior.

E a você, o que estas reflexões provocaram?