Bolsonaro turbina orçamento da Codevasf
Controlada por partidos do Centrão, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) teve salto expressivo no orçamento durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Os recursos passaram de R$ 1,29 bilhão, em 2019, para R$ 2,11 bilhões (despesas previstas) neste ano. Em 2020, foram R$ 1,62 bilhão e, no passado, R$ 1,77 bilhão, conforme dados do Portal da Transparência. A empresa atua no financiamento de projetos como a construção de cisternas e obras de irrigação. Os cargos de diretoria e superintendências são loteados por partidos aliados do Planalto.
Apadrinhado
Diretor-presidente da Codevasf, o engenheiro Marcelo Andrade Moreira Pinto foi indicado por caciques do antigo DEM, agora União Brasil.
Primo
Quem comanda a superintendência da empresa em Alagoas é João José Pereira Filho, primo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Desafetos
No evento Brazil Conference, realizado em Boston (EUA) no fim de semana, tiveram que colocar Sergio Moro e Cristiano Zanin (advogado de Lula) em dias diferentes. Nem se olharem na plateia queriam.
Soro
A Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplantes (ABCDT) notificou o Ministério da Saúde sobre a falta de frascos de soro fisiológico, insumo necessário para o tratamento de diálise. A entidade recebeu denúncia de clínicas de mais de 25 cidades sobre a falta de soro nos estoques e a impossibilidade de reposição do material.
Sensível
À Coluna, o presidente da Associação, Marcos Vieira, alerta: “Entendemos que isto é uma ameaça à vida de pacientes que fazem diálise. Solicitamos ao Ministério da Saúde que tome as providências necessárias para normalizar o mercado e evitar o desabastecimento numa área da saúde tão sensível”.
Peso
Senadores que retiraram assinaturas da CPI do MEC colocaram na balança o peso do apoio evangélico nas eleições deste ano. A comissão, se instalada, vai mirar a atuação de pastores na intermediação de emendas. Assinaram e depois voltaram atrás os senadores Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), Styvenson Valentim (Podemos-RN), Weverton Rocha (PDT-MA) e Rose de Freitas (MDB-ES).
Aceno
Em aceno ao mercado financeiro, o ex-presidente Lula e os coordenadores de sua pré-campanha não falam mais em revogar a reforma trabalhista. O discurso petista agora é fazer uma “revisão” na legislação modificada durante o governo de Michel Temer.
Carta
Lideranças indígenas estão em pé de guerra contra o Congresso Nacional, onde tramitam projetos que alteram regras de exploração de terras, licenciamento ambiental e uso de agrotóxicos. A Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Indígenas lançou carta aberta contra o PL 191/20, que permite a mineração em reservas. “O projeto apresenta evidentes problemas jurídicos e de inconstitucionalidade e desconsidera tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário”, diz a carta.
Sufoco no metrô
A atriz Claudia Raia foi vista ontem dentro do metrô da linha Ipanema, e desceu no Largo da Carioca, reconhecida por fãs. Alguns, porém, decidiram implicar com a artista. Não conseguimos contato com a assessoria até o fechamento da Coluna.
Zema
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), já perdeu o apoio de pelo menos uma dúzia de deputados estaduais por causa de declarações do seu secretário de Governo, Igor Eto.
Ucranianos no Brasil
O Brasil já concedeu 74 vistos e 27 autorizações de residência humanitária para cidadãos ucranianos. O êxodo provocado pela guerra com a Rússia já levou 2,5 milhões de pessoas a fugir para a Polônia e outras 600 mil para a Romênia, só para citar os dois países que mais receberam refugiados da Ucrânia.