“Se peço perdão ao meu companheiro, transfiro-lhe, com isso, a responsabilidade de fazer com que tudo fique bem. Por assim dizer, tudo depende agora do companheiro. Por isso, em geral, aquele a quem peço perdão fica zangado comigo. Ele se sente abusado. É semelhante à confissão. De uma hora para outra, aquele, que na verdade nada tem a ver com a coisa, tem de agir enquanto eu fico passivo” (Bert Hellinger)
Em uma situação na qual um dos cônjuges trai o seu parceiro, normalmente a confissão é o caminho mais cômodo. A pessoa confessa, porque não suporta mais a tensão psicológica da culpa e, ao confessar o ato, empurra a culpa sobre o cônjuge.
Quando fica claro que a pessoa quer permanecer no casamento, o correto é acertar as coisas consigo mesmo.
Na passagem citada acima, Bert Hellinger chama a atenção para a necessidade da responsabilização. O peso da culpa pelo erro deve ser suportado exclusivamente pela pessoa que cometeu o erro!
Tanto a confissão quanto o pedido de perdão, no caso de uma traição, funcionam na mente da pessoa que erra como uma maneira de transferir a culpa e a responsabilidade sobre os ombros do parceiro ou da parceira. É como se o fato de admitir a culpa e pedir perdão por si só bastasse para apagar a responsabilidade pelo ato e dispensasse a pessoa que errou da tarefa de responder pelo mal feito ao cônjuge.
Significa isso que não se deve perdoar o mal cometido? De modo algum! Perdoar é aceitar como suficiente aquilo que a pessoa que errou oferece para compensar o mal cometido. Quando eu aceito a compensação devo deixar o acontecido no passado. Não se deve mais falar disso! Quando faço isso eu perdoei.
Além disso, existe uma situação na qual o ato de perdoar é o certo a ser feito. É quando o casal causou mal um ao outro, ou mesmo na situação em que se decidiram pela separação. Nestes casos, quando ambos pedem perdão um ao outro pelo mal que se causaram reciprocamente, o perdão cura mais rapidamente a dor tanto pelo mal sofrido quanto pela separação. Nesta situação o perdão é a atitude aconselhada. Sempre!
Sente dificuldades em perdoar ou não sabe o que fazer? Converse conosco. Podemos ajudar você!
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JOSÉ LUIZ AMES E ROSANA MARCELINO são consteladores familiares e terapeutas sistêmicos e conduzem a Amparar
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