Reflexão. Este momento do ano sempre nos chama a refletir. Principalmente para os Cristãos, mas para todas as outras pessoas que professam outras crenças. É o final do ano, é a virada do calendário. Uma época cheia de novas resoluções. Mais uma volta desse nosso planetinha ao redor do Sol.
Relembramos a vinda do Cristo. Seu nascimento entre nós. Então é Natal. Esperamos presentes, mas acima de tudo, esperamos bondade e um pouco menos de conflito. Esperamos entender a todos e nos espelhamos nas figuras da manjedoura. Somos representados por aquelas figuras que contemplam o inimaginável. Somos os pastores ali. O menino iluminado e seus pais abençoados nos olham de volta com amor e misericórdia. A estrela que nos mostra o caminho ano após ano. E voltamos ao estábulo simples. O berço feito de palha nos lembrando que Deus não se importa com frivolidades. O maior nascimento de todos não aconteceu num palácio cercado de ouro. Foi ali, no chão áspero, simples e cru.
Então, somos obrigados a nos perguntar o que realmente importa. E aquele menino nos trouxe a resposta. E a resposta ecoa na eternidade desde então e desde sempre. Ele trouxe a Boa Nova, e é tudo que precisamos saber. A Boa Nova resplandece iluminando o céu da noite. Ela brilha na luz da manhã e nas gotas de orvalho sobre todas as coisas. A Boa Nova envolve todas as beiradas do mundo com eflúvios de Paz e Amor.
E voltamos a pensar em tudo que aconteceu durante o ano. Em como fomos incautos. Em como poderíamos ter feito algo melhor. Nossa bússola confusa esteve girando em tantas direções. Temos a chance de reorientá-la. Sempre podemos tentar de novo. A Boa Nova também nos diz isso. Ela é uma mensagem poderosa do Todo-Poderoso nos afirmando que há mais tempo e que a Terra corre nos trilhos da eternidade.
Presentes e comércio, incenso ouro e mirra, são apenas alegorias. São coisas passageiras que se perdem nas areias do tempo. O verdadeiro presente é a Palavra. O Verbo que veio habitar entre nós e que nunca mais se foi. O amor encarnado em carne e osso pulsando sobre todos. O exemplo inesquecível e a palavra de mansidão.
Vejo as árvores de Natal por toda parte. Vejo presépios montados relembrando aquela cena magnífica. Vejo as pessoas correndo para toda parte. Os sinos tocando ao fundo avisando que a hora chegou. A hora de agradecer e se alegrar. Enquanto um ano morre e outro nasce. Enquanto as velas se acendem e devemos fazer uma prece por essa nova chance.
A estrela ainda brilha e aponta o local. Ela nos chama a peregrinar de novo naquela direção. Respiramos fundo e vamos novamente em direção ao menino, nossos corações sedentos da sua presença e da sua paz.
Feliz Natal!
“Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas.”
Mateus 11:29
Carlos Eduardo dos Santos Martins – Anestesiologista – CRM/PR – 20965.
*Em tempo: A mensagem de Natal é sempre oportuna, mesmo após o dia ‘25’; Quiçá fosse Natal todo dia!