Em tempos de conectividade, algumas “viralizações” são dificílimas de serem explicadas. O exemplo mais recente é a “brincadeira” chamada de quebra-crânios, roleta humana ou desafio da rasteira. Vídeos que instruem os jovens a como praticá-la invadiram as redes sociais e preocupado pais, educadores e médicos.
No desafio, dois jovens se posicionam ao lado de um colega, que é orientado a pular e, então, recebe o golpe. Ou seja, no ar, a pessoa é empurrada e cai sem qualquer jeito para se proteger. Quase sempre bate a cabeça no chão. Especialistas afirmam que a queda pode causar danos no crânio, no cérebro e na coluna. Em novembro do ano passado, uma jovem de 16 anos que participava da “brincadeira” morreu no Rio Grande do Norte.
Algumas vezes o vídeo é compartilhado já com algum alerta, mas quem já viu adolescente obedecer a conselhos, não é mesmo? E, com 2 bilhões de usuários de WhatsApp no mundo, o vídeo não precisa de muito tempo para se espalhar.
De qualquer forma, esconder também não ajuda. O jeito é alertar, orientar e, principalmente, monitorar. Um com juízo pode ajudar aquele sem juízo.
Especialistas na área de medicina têm apresentado todos os riscos que a “brincadeira” pode causar. A preocupação deles é que muitos jovens ignoram o perigo. Outros, são pressionados a praticar. “O risco principal é a cabeça. Quando se cai de costas, a cabeça fica muito exposta a ter um trauma direto, no crânio, ou uma lesão interna”, diz o ortopedista João Paulo Bergamaschi, que fala ainda sobre o movimento de “chicote” (vai e vem) do pescoço, que pode causar um dano irreversível na coluna vertebral, deixar o indivíduo paraplégico. Ou seja, razão nenhuma para aderir a esse modismo.