Com 366 dias, o ano de 2020 tem outra característica marcante: as eleições municipais. Os quase 150 milhões de eleitores de todo o País serão chamados para eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores de 5.568 municípios. Só não elegem prefeito Brasília e Fernando de Noronha, que possuem regimes diferenciados de administração pública.
Sob algumas regras novas baixadas pela Justiça Eleitoral, a exemplo do fim das coligações partidárias para a eleição de vereadores, a campanha deve registrar recordes de candidatos que disputarão as quase 68 mil vagas País afora.
Ainda não se sabe o quanto a divisão esquerda-direita vai influenciar nas urnas nem qual será o efeito das recentes mudanças nacionais, como o pacote anticrime, a lei de abuso de autoridade e a reforma da Previdência.
Fato é que o cenário nacional deve continuar impactando muito mais que o normal, pois as articulações para as eleições de 2022 parecem muito mais intensas que as locais, que começam a bater à porta. Até abril os candidatos devem estar filiados e os partidos regularizados, e muita gente ainda nem decidiu se troca e para qual sigla vai.
Um dos fatores que podem pesar nessa escolha é o polêmico fundo eleitoral, que, pelo que parece, deve ficar nos R$ 2 bilhões definidos pelo Congresso, após ver fracassada a tentativa de dobrar o valor no fim do ano.
Consenso mesmo é que a população já está farta de escândalos como Mensalão, Petrolão, e a bandeira de combate à corrupção deve continuar hasteada. O que espera-se é que os candidatos joguem limpo, esforcem-se em seus planos de governo e que as campanhas de fake news não sobrevivam.