O temor de atletas estrangeiros com a epidemia do vírus zika no Rio de Janeiro, sede dos Jogos Olímpicos de 2016, começa a produzir situações curiosas. O britânico Greg Rutherford, ouro no salto em distância em Londres-2012, decidiu congelar amostras do próprio esperma antes de viajar para o Brasil. O motivo, segundo sua mulher, Susie Verril, é uma precaução para que o casal tente ter mais filhos no futuro.
A informação foi revelada pela própria Susie, em artigo publicado na terça-feira na revista “Standard Issue”. O casal já tem um filho — Milo, que completa dois anos em 2016 –, mas ainda deseja engravidar mais vezes. Os indícios de que o vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, pode influenciar no desenvolvimento de microcefalia por fetos durante a gestação fizeram Susie e Greg ligarem o sinal de alerta.
— Nós adoraríamos ter mais filhos, e eu não gostaria de me colocar em uma situação na qual isto possa ser impedido. Os especialistas também ainda não sabem todas as consequências do zika. Não queremos dar chance ao azar — escreveu Susie.
Alguns atletas de outros países já manifestaram preocupação com os casos de zika no Brasi. Na última semana, o ciclista americano Tejay van Garderen informou que desistiria das seletivas dos EUA para a Rio-2016, usando como justificativa o temor do vírus.
Antes, o pivô Pau Gasol, da seleção espanhola de basquete, revelou que considera não participar dos Jogos, também devido ao zika. Outros atletas já haviam revelado a mesma preocupação, como a goleira americana Hope Solo e a nadadora espanhola Mireia Belmonte.
Apesar de Greg Rutherford não ter manifestado intenção de desistir dos Jogos de 2016, sua mulher, Susie, garante que não virá ao Rio de Janeiro. Os motivos alegados, além da preocupação com o zika, são a dificuldade para conseguir ingressos nos melhores lugares para assistir às provas de salto em distância e a concentração que o marido deverá manter em sua busca pelo bicampeonato olímpico.
