Assim como em 2015, o placar não saiu do zero no tempo normal. Assim como em 2015, o empate sem gols persistiu na prorrogação. E, assim como em 2015, o final foi triste para a Argentina. Novamente nos pênaltis, os argentinos foram derrotados pelo Chile na final da Copa América. Messi, indiscutivelmente o craque da Argentina na Copa América Centenário, perdeu a primeira cobrança, logo após Vidal desperdiçar a sua.
Só que Biglia também perdeu seu chute, o quarto dos argentinos, e Silva converteu a quinta cobrança do Chile, agora bicampeão da Copa América – os chilenos haviam levado o título no ano passado, em casa, também contra a Argentina, que continua em um jejum de 23 anos sem títulos.
ÁRBITRO BRASILEIRO CHAMA ATENÇÃO
O destaque do primeiro tempo não foi nem argentino, nem chileno. O árbitro brasileiro Héber Roberto Lopes mostrou quatro cartões amarelos – um deles para Messi, por simulação – e dois vermelhos, monopolizando as atenções em campo e movimentando as redes sociais. Díaz, do Chile, recebeu dois cartões amarelos por faltas em Messi e acabou expulso, enquanto Rojo, da Argentina, levou vermelho direto após um carrinho em Aránguiz. Ambas as expulsões foram rigorosas, especialmente a do argentino.
A Argentina dominava as ações até a expulsão de Rojo. Higuaín teve a melhor chance do primeiro tempo aos 20, quando ficou cara a cara com Bravo após bobeada do zagueiro Medel, mas chutou para fora. Após perder seu lateral-esquerdo, o técnico Tata Martino tentou ajustar a equipe sem fazer substituições, mas a seleção argentina passou a sofrer com as investidas do Chile no segundo tempo.
Aos 11, Isla chutou perto da trave uma bola mal afastada por Biglia. Alexis Sanchez exigiu o goleiro Romero em chute cruzado aos 35. O atacante chileno teria nova chance aos 45 minutos, na pequena área, mas foi travado quando tentava completar o cruzamento de Beausejour. Os argentinos tentaram responder no final do segundo tempo. Aos 39, Agüero, que havia entrado no lugar de Higuaín, recebeu de Messi na área, se livrou do marcador mas pegou muito embaixo e isolou.
JOGO ESQUENTA NA PRORROGAÇÃO
Sem gols no tempo regulamentar, a decisão da Copa América, a exemplo do que havia acontecido entre as duas equipes em 2015, foi para a prorrogação. Após um segundo tempo morno, o tempo extra teve faltas duras e grandes chances dos dois lados.
Cansados e com os ânimos à flor da pele, na busca por encerrar um jejum de títulos de 23 anos, os argentinos passaram a fazer faltas mais duras. Biblia e Funes Mori chegaram de sola nas canelas de Aránguiz e Isla, respectivamente. O primeiro chegou a ter o meião rasgado pela entrada. O árbitro brasileiro, desta vez, economizou nos cartões e não mostrou nem amarelo.
O Chile teve mais uma ótima chance aos 8 minutos, em cabeceio de Vargas. Romero, bem posicionado, defendeu. Os argentinos responderam no minuto seguinte: Messi cobrou falta na área, Agüero cabeceou na direção do ângulo e Bravo tirou com a ponta dos dedos. No fim do segundo tempo da prorrogação, ainda houve tempo para uma discussão entre o argentino Agüero e o chileno Medel. Héber, mais vez, contemporizou e preferiu não mostrar cartão.
Com o placar ainda zerado, a decisão para os pênaltis, tal qual na Copa América de 2015. Vidal, o craque chileno, perdeu a primeira – Romero defendeu. Messi, o craque argentino, perdeu a segunda – isolou por cima do gol de Bravo. O goleiro chileno voltou a defender na quarta cobrança, de Biglia. Silva converteu o quinto chute do Chile, que fechou a disputa de pênaltis em 4 a 2 e fez a Argentina amargar mais um vice.