É de Cascavel um dos competidores do Mundial Para Atletas Transplantados, que começou no dia 15 e segue até amanhã (21), em Perth, na Austrália.
Vanilto Dipicoli, de 34 anos, representa o Brasil e conquistou o 8º lugar nos 5 km de corrida na categoria 30 a 39 anos. Além dessa modalidade, o jovem também disputa os 100, 200, 400 e 800 metros rasos.
A vaga nessas competições veio depois que o atleta foi campeão dos jogos brasileiros para transplantados em 2022, em Curitiba.
Para conseguir competir neste grande evento, que reúne transplantados do mundo todo, Vanilto precisou se preparar muito fisicamente. Os treinos eram frequentes. E, para custear as despesas com a viagem, contou com uma vakinha, rifas, ajuda financeira de patrocinadores familiares e amigos.
O esforço tem um grande objetivo: divulgar a importância da doação de órgãos. Muito mais do que o resultado, pra ele, participar dessas corridas simpoliza a vida.
Em 2009, Vanilto começou a viver um drama. Descobriu que, para sobreviver, precisaria fazer sessões de hemodiálise. Depois de seis meses sem sucesso no tratamento, o transplante foi a única saída encontrada pelos médicos. A mãe, Neiva Dipicoli, logo se candidatou a fazer os exames para saber se era compatível.
A cirurgia, realizada em março de 2010, foi considerada um sucesso. O rim, com 75% de compatibilidade, devolveu um padrão normal de vida ao jovem. E a corrida chegou como uma forma de cuidar da saúde, mas logo virou paixão.