Estar na faculdade e procurar por uma oportunidade de estágio é praticamente sinônimo, já que muitos jovens sonham com um espaço no mercado de trabalho para que possam, finalmente, exercer suas profissões de alguma forma. No entanto, não é possível ignorar as consequências da crise econômica que assolou o Brasil nos últimos anos, pois o brasileiro ainda enfrenta consequências, especialmente com a alta taxa de desemprego. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desemprego subiu para 12,7% em março deste ano, atingindo 13,4 milhões de pessoas no País.
Se a população tem amargado com a falta de oportunidades, as empresas, por outro lado, têm encontrado dificuldades para contratar profissionais qualificados para preencher as vagas existentes no mercado. Diante desse paradoxo, uma pesquisa especializada mostra que muitos universitários querem fazer do estágio uma oportunidade para adquirir experiência e ter qualificações para o futuro do mercado de trabalho, pois, como essa modalidade tem cunho educativo, os estudantes se sentem mais seguros para encarar o trabalho após um período estagiando.
Sobre o estudo
O levantamento “O perfil do candidato a vagas de estágio – 2019”, realizado pela Companhia de Estágios, consultoria especializada em programas de estágio e trainee, mostra que 58% dos universitários estão procurando por uma vaga de estágio, sendo que, para 65% deles, a principal justificativa é o desejo de adquirir experiência profissional. Por outro lado, apenas 3,5% dos entrevistados estão buscando um emprego formal com carteira de trabalho assinada.
Para o diretor da Companhia de Estágios, Tiago Mavichian, ao buscar uma oportunidade pela possibilidade de aprendizado e experiência, é possível notar uma preocupação do estudante com relação ao futuro profissional. “Muitas faculdades colocam o estágio como uma atividade obrigatória dentro da grade curricular, no entanto, os candidatos sabem que um estágio pode prepara-los para o mercado, porque ajuda no amadurecimento de cada um, além de contribuir com o desenvolvimento de habilidades”, explica.
Mas o estágio é a melhor maneira para se qualificar?
As exigências para o estágio também são altas. Para o especialista Tiago Mavichian, o universitário não deve se limitar à sala de aula, porque ele também precisa ter competências para ser aprovado, ou seja, falta de qualificação não é um problema exclusivo das vagas celetistas. “Certamente o estágio conta bastantes pontos no currículo, contudo, para conseguir a vaga, não basta só ter vontade. Cursos complementares como excel e inglês, por exemplo, valorizam muito o currículo e fazem o candidato ter mais chances”, detalha.
Essa etapa é tão importante que basta observar: as chances de quem se forma tendo feito um estágio durante a graduação são bem maiores do que as chances de quem apenas se formou, sem essa oportunidade de ter realizado estágio.
Onde está o problema?
Os recrutadores enfrentam diariamente os mesmos problemas durante os processos seletivos: inabilidade para se expressar bem, ausência de segundo idioma, falta de visão analítica, erros de português etc. São inúmeras situações que fazem os gestores não darem o tão esperado feedback positivo para o candidato, isso quando os currículos já não são descartados durante a triagem. O problema é que se torna um ciclo vicioso, pois o universitário precisa de um estágio para adquirir experiência profissional, mas ao mesmo tempo faltam algumas competências que o impedem de alcançar o objetivo, deixando-o frustrado.
Para Tiago Mavichian, a universidade é extremamente importante, mas é também apenas o início do caminho e não buscar outros meios de aprendizado além do estágio faz com que o estudante perca as várias possibilidades que existem no mercado. “Muitas das vagas, por exemplo, pedem inglês, mas são poucos estudantes que possuem fluência no idioma, além de outras habilidades comportamentais e técnicas que são necessárias, no entanto, o aluno não vai ter isso em sala de aula, ele precisa buscar em outros lugares, em outras experiências, como trabalho voluntário, por exemplo. Caso contrário, irá sofrer com a busca de um estágio e também no futuro com vagas efetivas”.
Sobre a empresa
Fundada em 2006, a Companhia de Estágios tem atuação nacional e impacta mais de 4 milhões de estudantes. As ações da empresa já selecionaram mais de 12 mil estagiários para programas de estágios da Amazon, Twitter, Scania, Sanofi, DuPont, Goodyear, AkzoNobel, Cyrela, Amil, Microsoft, entre outras com soluções tecnológicas de inteligência artificial, jogos online e realidade virtual. Para saber mais, acesse www.ciadeestagios.com.br.