Curitiba – O varejo do Paraná fechou o primeiro semestre com crescimento de 2,11% nas vendas em relação a 2018. Os dados são da Pesquisa Conjuntural da Fecomércio PR (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná). Destaque positivo para as lojas de departamentos, que cresceram 29,7% no período, além dos setores de óticas, cine-foto-som (12,08%) e combustíveis (9%).
O crescimento foi um pouco menor do que no primeiro semestre de 2018, quando o comércio paranaense registrou alta de 5,13%. No entanto, é preciso lembrar que o resultado positivo do ano passado se deu diante de três anos de primeiros semestres consecutivos de perdas para o varejo.
O faturamento das empresas varejistas no primeiro semestre deste ano não foi maior em função do desempenho negativo dos ramos de farmácias (-4,62%), vestuário e tecidos (-4,16%), livrarias e papelarias (-3,91%), calçados (-3,37%) e móveis, decorações e utilidades domésticas (-3,19%).
Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve queda nas vendas de 2,5%, e na comparação com maio, a redução foi de 7,46%.
Emprego
Identificam-se inquietações nas atividades econômicas varejistas no Estado, associadas principalmente à perspectiva profissional dos paranaenses que caiu 13,9% nos últimos 12 meses. O receio com relação ao emprego repercute sobre a intenção de compra, fazendo com que os consumidores deixem de gastar em bens considerados supérfluos ou de maior valor, que geralmente demandam parcelamento a médio e longo prazo.
Além disso, a instabilidade política decorrente das dificuldades na aprovação de reformas importantes para o país, com a da Previdência e a Tributária, afasta ou adia novos investimentos por parte dos empresários.
Análise regional
Entre as regiões analisadas, a única a apresentar resultado negativo foi Londrina, com queda de 4,36%, principalmente em função da retração nas vendas de veículos (-16,68%).
Nas demais regiões do Estado o faturamento do varejo foi maior do que no mesmo período do ano passado. Em Curitiba e Região Metropolitana o comércio cresceu 4,3%; no Sudoeste, 4,04%; e na região oeste houve alta de 3,41%.