São Paulo – O percentual de paranaenses endividados reduziu no mês de abril. De acordo com a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), elaborada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) e divulgada pela Fecomércio PR (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná), a parcela de famílias com algum tipo de dívida baixou de 90,3% em março para 88,8% no mês passado.
Também houve melhora na condição de pagamento das contas em atraso, que passou de 10% em março para 9% em abril. Já com relação ao ano anterior, quando o percentual de famílias endividadas era 88,5%, verifica-se estabilidade.
Dados nacionais apontaram alta no endividamento, tanto na variação mensal quanto na anual. A média nacional de endividamento ficou em 62,7% em abril.
Tipos de Dívida
Com relação aos tipos de dívidas, o cartão de crédito foi apontado em primeiro lugar, com 75,3%, apresentando alta com relação ao mês anterior (74,1%). Os financiamentos de imóveis e automóveis aparecem em seguida e concentram 8,1% e 9,8% do endividamento das famílias, respectivamente.
De forma geral, os paranaenses acreditam ter um nível moderado de endividamento, uma vez que 43,6% consideram estar mais ou menos endividados.
A proporção das famílias que se declara muito endividada foi de 28% em abril. Essa sensação de endividamento é maior entre as classes mais altas, em que 37,5% dos consumidores se consideram muito endividados ante 26% entre as classes C, D e E. Os pouco endividados correspondem a 17,2%, e os que não possuem dívidas somam 11,2%.
Tempo de pagamento em atraso
O índice de consumidores que podem ter seus cadastros de pessoa física (CPF) inclusos no sistema de proteção de crédito, em função de atrasos superiores a 90 dias no pagamento das contas, baixou de 50,9% em março para 41,5% em abril. A inadimplência entre as famílias de maior renda vem diminuindo. No mês de fevereiro, esse percentual era de 55%, em março foi de 44%, e em abril baixou novamente para 46,2%.
A média no tempo de comprometimento com as dívidas é de 5,9 meses. A maioria das famílias se mantêm endividada por até três meses (53%). As dívidas por mais de um ano somam 37%. O endividamento entre 6 meses e 1 ano corresponde a 5,6%, e entre 3 e 6 meses, 3,9%.