Economia

Maior estrutura da AL: Porto Seco tem 22% de aumento nas importações

Passaram por dia no primeiro semestre deste ano cerca de 400 caminhões no Porto Seco em Foz

Maior estrutura da AL: Porto Seco tem 22% de aumento nas importações

Foz do Iguaçu – O boom da balança comercial registrado neste ano para a região oeste teve reflexos no Porto Seco em Foz do Iguaçu, o maior da América Latina em movimentação de cargas, sobretudo nas importações, que, em toneladas, cresceram 22% no primeiro semestre do ano, saindo de 972,5 mil de janeiro a junho do ano passado para 1,176 milhão de toneladas neste ano.

Já em volumes financeiros as transações tiveram recuo de 3%, de US$ 1,4 bilhão para US$ 1,354 bilhão.

A maior parte dos produtos que entraram por ali veio do Paraguai (62% em volume e 52% em dinheiro).

De tudo o que foi importado por Foz do Iguaçu, destaque para calçados, polainas e produtos semelhantes, avaliados em US$ 1,379 bilhão. Os cereais ficaram na quinta posição, com US$ 152,6 milhões.

Os dados são da Delegacia da Receita Federal de Foz do Iguaçu.

Já as exportações registraram recuo no período, tanto em tonelagem quanto em dólares, saindo de 804,8 mil toneladas para 624,7 mil, retração de 22%. Em termos financeiros, a queda foi de 17%, saindo de US$ 1,928 bilhão no ano passado para US$ 1,593 bilhão neste ano.

Os principais produtos exportados pelo porto de Foz foram máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, somando US$ 176,8 milhões, seguido por veículos automotores e tratores, que exigiram US$ 117 milhões.

Sozinho, o Paraguai respondeu por 88% das exportações considerando o peso do que saiu por Foz do Iguaçu. Em valores, essas aquisições responderam por 93%.

Considerando o movimento de importação e exportação neste ano naquele porto, passaram por lá 1,8 milhão de toneladas avaliadas em US$ 2,948 bilhões. No mesmo período do ano passado, os produtos que passaram por aquela estrutura somaram 1,6 milhão de toneladas, mas o volume financeiro foi de US$ 3,33 bilhões.

Para o economista Marcelo Dias, há explicações bem consideráveis para este movimento. “Para as exportações regionais, ficou muito mais vantajoso enviar produtos para países como a China, por exemplo, então se passou a exportar mais pelo Porto de Paranaguá como observamos no movimento da balança comercial regional do primeiro semestre. Houve um pouco menos de espaço ocupado no mercado regional do Mercosul, mesmo assim, o Paraguai segue um dos nossos maiores parceiros comerciais, representando cerca de um quarto das compras regionais”, reforçou.

“Quanto às importações, já era esperado esse aumento em volumes, considerando que foram possíveis bons contratos, sobretudo na aquisição do milho”, reforçou.

Não por acaso a estrutura do Porto Seco de Foz do Iguaçu é referência no País e na América Latina. Com quase 170 mil metros quadrados, a estrutura tem 810 vagas no pátio, o que tem assegurado mais agilidade e rapidez para liberação das cargas.

Isso porque passaram por ali no primeiro semestre deste ano 71,4 mil caminhões para atividades de importação e exportação, sendo 42,5 mil para as exportações e 28,9 mil para importações. Sete em cada dez deles tinham o Paraguai como destino ou vinham de lá. Os demais vieram da Argentina.

Isso significa que, somente no primeiro semestre, o fluxo médio diário do porto foi de algo próximo a 400 veículos.

O volume de caminhões de janeiro a junho deste ano foi 1% maior que o registrado no primeiro semestre do ano passado quando, 70 mil caminhões passaram por aquela base.

 Reportagem: Juliet Manfrin