Economia

Exportação de milho via Porto de Paranaguá cresce 503%

De janeiro a novembro deste ano foram embarcadas 5,49 milhões de toneladas do grão. No mesmo período de 2018 o volume somou 911,3 mil toneladas. A quantidade também é maior do que a registrada nos cinco anos anteriores.

Exportação de milho via Porto de Paranaguá cresce 503%

Mesmo antes do encerramento da movimentação em 2019, a exportação de milho via Porto de Paranaguá é 503% maior do que a registrada em 2018, e supera também a movimentação nos cinco anos anteriores. De janeiro a novembro deste ano, foram embarcadas 5,49 milhões de toneladas do grão. No mesmo período do ano passado o volume somou 911,3 mil toneladas.

“Acredito que este é o maior volume de milho já exportado pelos portos do Paraná. Se pegarmos as estatísticas dos últimos cinco anos da movimentação do produto a média fica na casa de 3 milhões de toneladas”, afirma o presidente da empresa Pública Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

Segundo ele, o desempenho nas lavouras, o rendimento nas safras, os preços e a demanda do mercado influenciam na movimentação nos terminais paranaenses. Garcia acrescenta que as regras, a gestão e o empenho da autoridade portuária em trabalhar junto com os operadores e clientes também colaboram para esse desempenho.

“As nossas regras são claras, transparentes e bem definidas. A gestão dos sistemas que nos ajudam a organizar essa movimentação, da chegada dos caminhões e vagões, a descarga nos terminais até o embarque dos navios, também garante agilidade e eficiência. A produtividade maior é resultado desse trabalho”, destaca Garcia.

Os sistemas aos quais ele se refere são o AppaWeb – especificamente o módulo line-up, que auxilia na programação dos navios – e o Carga Online, que ajuda na logística de recebimento das cargas. Os sistemas trabalham de forma integrada.

“Só chamamos o caminhão ou vagão para descarregar os grãos e farelo para exportação quando já tem um navio programado e liberado para receber a carga. O ciclo é ordenado. Além de evitar as filas, garante o giro e a qualidade dos produtos embarcados por aqui, já que não ficam muito tempo em estoque”, explica o presidente da empresa.

MILHO – De janeiro a novembro deste ano, o milho exportado via Porto de Paranaguá chegou aos terminais em 90.827 caminhões e 31.797 vagões, na proporção de 63,4% pelo modal rodoviário e 36,6% pela ferrovia. Cerca de 90% do milho descarregado no porto paranaense têm origem no Estado. O restante vem de Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Espírito Santo.

A principal cidade paranaense de origem do grão exportado pelo Porto de Paranaguá é Maringá, no Norte do Estado. O milho que veio de lá chegou, principalmente, de trem, somando cerca de 1,19 milhão de toneladas transportadas em 20.059 vagões. Pela rodovia foram 176,5 mil toneladas em 4.840 caminhões.

ESTRUTURA – No Porto de Paranaguá o milho foi exportado por cinco berços: além dos três do Corredor de Exportação (berços 212, 213 e 214), o produto também encheu os porões dos navios nos berços à oeste do cais: 201 e 204. Do volume de milho exportado pelo porto de janeiro a novembro, 92% do saíram do Corredor de Exportação.

GRANÉIS – Dos granéis sólidos de exportação, saíram por Paranaguá em torno de 20,8 milhões de toneladas de produtos exportados, de janeiro a novembro de 2019. O volume é 1% maior do que as 20,55 milhões de toneladas em 2018, no mesmo período.

Além do milho, entram nesse segmento, a soja (10,5 milhões de toneladas exportadas em 2019), o farelo de soja (4,79 milhões de toneladas) e um volume pequeno de trigo (16 mil toneladas).

Somados no volume de farelo de soja exportado pelos portos do Paraná, estão as quase 42,9 mil toneladas de farelo de soja não transgênica que embarcaram no Porto de Antonina.

O volume de açúcar exportado a granel pelo Porto de Paranaguá não está incluído nesse total. Em 2019, mais de 2,43 milhões de toneladas do produto foram exportadas de janeiro a novembro.

Exportação de milho nos últimos cinco anos via Porto de Paranaguá

2019 – 5,49 milhões (até novembro)

2018 – 1,1 milhão

2017 – 3,5 milhões

2016 – 2,5 milhões

2015 – 4,1 milhões

2014 – 4,2 milhões