O valor da cesta básica individual de alimentos em Cascavel caiu 4,8% em agosto na comparação com julho, passando de R$ 369,74 para R$ 351,89. Isso se deve às baixas registradas no mês. Em Cascavel, 13 produtos foram analisados pelo projeto de extensão Determinação Mensal do custo de Cesta Básica de Alimentação em Cascavel da Unioeste.
Os que tiveram alteração mais significativa foram o tomate e a batata, com queda de 39,28% e 16%, respectivamente.
De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), o aumento da oferta do tomate do tipo rasteiro no atacado refletiu na queda do preço do tomate do tipo salada.
Conforme o Grupo de Pesquisa em Economia, Agricultura e Desenvolvimento da Unioeste – Francisco Beltrão, o tomate também apresentou redução significativa em Pato Branco (-25,86%), Francisco Beltrão (-20,86%) e Dois Vizinhos (-16,96%).
Por outro lado, oito produtos apresentaram elevações nos preços, com destaque para a banana, com alta de 55,10%.
Segundo o Dieese, o preço médio desse produto aumentou em 13 capitais. A elevação do preço no varejo foi resultado da baixa oferta e aumento da quantidade exportada da fruta. Também tiveram destacadas variações positivas no preço o leite (5,93%), o óleo de soja (3,44%), a margarina (3,27%), o café em pó (2,43%), o feijão preto (1,86%).
Poder de compra
Mensalmente, acompanhado ao Boletim Informativo da Cesta Básica de Cascavel, sempre é realizado comparativo com o poder de compra do trabalhador baseado no valor da cesta básica e do salário mínimo. A queda no valor da cesta de alimentos em Cascavel fez com que o peso no salário mínimo do trabalhador diminuísse de 37,05% para 35,26%.
Desde o início da pesquisa, esse é o menor percentual da cesta básica individual em relação ao salário mínimo bruto e líquido observado.
Tendência nacional
O valor da cesta básica em Cascavel se manteve menor que o de grandes capitais como Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis e São Paulo, mas maior que das cidades do sudoeste paranaense.
A série de dados coletados desde fevereiro permite afirmar que houve aumento no poder de compra, ou seja: com o mesmo salário mínimo é possível comprar uma maior quantidade de produtos em agosto do que em fevereiro de 2019.