Cotidiano

Vigilância em Foz recebe alerta sobre novas variantes

Vigilância em Foz recebe alerta sobre novas variantes

Foz do Iguaçu – A Vigilância em Saúde em Foz do Iguaçu recebeu um alerta do Ministério da Saúde sobre os riscos de circulação de novas variantes do coronavírus que podem entrar no País pela fronteira com a Argentina.

O alerta menciona três casos de variantes, da Índia e da África do Sul, que já foram registrados na Argentina.

A fronteira entre o Brasil e a Argentina pela Ponte da Fraternidade está fechada para turistas desde o início da pandemia, mas está aberta para a circulação de caminhões.

Segundo a Receita Federal, o porto seco em Foz do Iguaçu é o mais movimentado da América Latina, com a passagem de mais de 15 mil caminhões por mês.

De acordo com a 9ª Regional de Saúde, que representa a Sesa (Secretaria Estadual da Saúde), há um controle de tráfego pelo lado argentino da fronteira, que só permite a entrada de caminhoneiros com testes negativos para covid-19, mas que não há nenhum controle dos motoristas que entram no Brasil em relação à pandemia.

Não há registro da presença da variante indiana da covid-19 no Paraná, segundo a Sesa.

 

Primeiros casos da variante indiana no Brasil

O governo do Maranhão confirmou ontem os primeiros casos de covid-19 provocado pela variante do coronavírus B.1617, originada na Índia. O diagnóstico inicial foi em um indiano de 54 anos que deu entrada em um hospital da rede privada em São Luís na sexta-feira passada, dia 14. Ele era um tripulante do navio MV Shandong da ZHI, embarcação que veio da África do Sul.

A notícia foi dada pela Secretaria de Comunicação após coletiva de imprensa realizada com o secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula. Em seguida, a Secretaria de Saúde do Maranhão confirmou que outros tripulantes do navio MV Shandong da Zhi, diagnosticados com covid-19, também têm a variante indiana do coronavírus.

Em postagem em suas redes sociais, o secretário de Saúde do Estado, Carlos Lula, afirmou que as seis amostras analisadas pelo Instituto Evandro Chagas confirmaram a nova cepa. No entanto, apenas um dos homens, em estado grave, está em São Luís, internado em um hospital privado. Outros dois receberam alta e voltaram ao navio e 14 foram diagnosticados com covid-19 e permaneceram no navio por estarem com sintomas leves ou estarem assintomáticos.

“Vale lembrar que a equipe que atendeu a tripulação se deslocou por via aérea, foi testada antes e depois da ação e permanece em isolamento. Os demais profissionais em contato com o paciente estão sendo monitorados e testados. Informo, ainda, que já iniciamos a vacinação dos profissionais da área portuária”, escreveu Lula em suas redes sociais.

 

Preocupação global

Médicos e cientistas têm demonstrado preocupação com a variante indiana B.1617, que teria capacidade de transmissão maior do que a cepa original do vírus. Ela foi classificada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como uma “preocupação global”.