Palotina – O setor de máquinas e equipamentos agrícolas não escapou das adversidades do momento econômico no País. O número de vendas caiu no primeiro semestre do ano e não há sinais de recuperação pelos próximos meses. Concessionárias e empresas do segmento na região Oeste registraram em média queda de 36% nas negociações no primeiro semestre deste ano comparado ao mesmo período do ano passado.
O gerente comercial de uma das revendas de tratores e colheitadeiras, Odail Morais, comenta que a forma como segue a economia vai atingir ainda mais o mercado.
“A crise que o País enfrenta não é diferente na nossa região. A tendência é de que as vendas reduzam ainda mais neste semestre e sejam 50% menores”, avalia Odail.
Segundo o gerente, a procura por colheitadeiras, que deveria ser intensificada a partir deste mês, tem ficado muito abaixo das expectativas.
“As vendas normalmente começam a melhorar em julho e seguem ao longo do ano. No entanto, estamos muito longe do ritmo esperado. Com a economia ruim, aumento de juros e custos nos insumos da agricultura, o produtor não tem investido na compra de colheitadeiras e nem de tratores”, afirma o gerente Odail Morais.
Na região de Palotina, a queda nas vendas foi percebida já nos primeiros meses deste ano.
“Em 2014, fizemos boas negociações, mas até agora verificamos uma diminuição de 50% na saída de plataformas, pulverizadores e plantadeiras”, comenta a encarregada pelo setor administrativo de uma empresa, Dantielle Kaffer.
Resultados no País
As vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias no País diminuíram 25,1% de janeiro a junho de 2015, no comparativo com o mesmo período do ano passado. De 33 mil unidades comercializadas pelas concessionárias em 2014, o número caiu para 24,7 mil máquinas neste ano. Os dados foram divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
Se comparado o período de julho de 2013 a junho de 2014, quando foram vendidas 81,4 mil unidades, com os últimos 12 meses, a queda nas vendas é de 16,2%, visto que o total de máquinas comercializadas caiu para 68,2 mil.
(Com informações de Romulo Grigoli)
