Cascavel – As exportações cascavelenses registraram, pela primeira vez em anos, uma queda intrigante. A retração foi de quase US$ 1 milhão se comparadas ao mesmo período do ano passado. De janeiro a outubro de 2015, segundo dados do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), foram vendidos para outros países o equivalente a US$ 362.364.389, enquanto no mesmo período do ano passado haviam sido US$ 363.446.772.
A situação inusitada, uma vez que o dólar em alta e o real desvalorizado favoreceriam as transações internacionais brasileiras, pode ter uma explicação baseada no período da entressafra.
Se pensarmos bem, os grãos da safra de verão 2014/2015 já foram comercializados ou aguardam estocados por um melhor momento à venda. Os produtores e as cooperativas podem e fazem isso. A safrinha acaba ficando dentro do País mesmo, ficando então na dependência das carnes, como a avicultura, por exemplo, considera a economista Regina Martins.
Outro dado intrigante é que, entre os produtos com maior retração às vendas internacionais estão os adubos (fertilizantes) compostos por minerais ou químicos, contendo dois ou três dos seguintes elementos fertilizantes: azoto (nitrogénio), fósforo e potássio; outros adubos (fertilizantes); produtos do presente capítulo apresentados em tabletes ou formas semelhantes. Em dez meses no ano passado foram às exportações quase US$ 47,5 milhões. Em 2015 foram pouco mais de US$ 45,7 milhões, retração de 4%.
Seguindo o mesmo embalo e empobrecidas pelo dólar cotado nas alturas, as importações também recuaram neste ano. A queda de janeiro a outubro foi de 6%. Baixaram de US$ 134.744.693 para US$ 127.113.502.
E é por este desempenho menor das compras cascavelenses feitas em outros países que o saldo da balança conseguiu, mesmo com as exportações em queda, manter um crescimento de 3%.
No fim de outubro de 2014 o saldo de Cascavel, daqueles dez meses no ano, somava US$ 228.702.079 e no fim do mês passado, considerando o desempenho de todo o ano de 2015 até aquele momento, chegou a um saldo positivo de US$ 235.250.887. Muito disso se deve à avicultura que é a maior pauta de comercializações em Cascavel, segue a economista.
As aves fecharam com vendas em quase US$ 160,4 milhões. No mesmo período do ano passado foram US$ 150,2 milhões.