Curitiba – A crise gerada pelo que a oposição rotulou de pacote de maldades, com medidas austeras visando recuperar as finanças do Estado, e reforçada pelo impasse com os servidores estaduais, que culminou com o lamentável ataque da Polícia Militar sobre os professores em greve, há dois meses, causou sérias defecções na bancada governista na Alep (Assembleia Legislativa do Paraná).
O grupo dos deputados que votam com o governo perdeu quase um terço de seus membros. Integrada inicialmente por 48 parlamentares, a chamada base oficial está agora com 33. Esse número ainda não é suficiente para comprometer futuras votações de interesse do Palácio Iguaçu, mas deixa aceso o sinal de alerta para quando forem incluídos na pauta temas mais polêmicos.
Ao todo, 15 deputados que iniciaram o ano na base do governo não fazem mais parte dela, muito embora não tenham migrado para a oposição. Eles formaram o chamado bloco independente, para o qual migraram nada menos que cinco representantes da região Oeste: os cascavelenses Adelino Ribeiro (PSL), Marcio Pacheco (PPL) e Leonaldo Paranhos (PSC), o iguaçuense Chico Brasileiro (PSD) e o rondonense Ademir Bier (PMDB).