Cascavel – O tabagismo é um fator importante para o desenvolvimento de doenças crônicas como câncer de pulmão e doenças cardiovasculares. No Dia Nacional de Combate ao Fumo, lembrado hoje, o Ministério da Saúde ressalta que o uso do tabaco ainda é considerado a principal causa de mortes evitáveis no País.
Somente na região Oeste do Paraná, de junho de 2014 a julho deste ano, 430 óbitos de câncer foram confirmados, desses, 82 eram de pulmão, 69 de próstata e 54 de estômago.
O último levantamento do SIM-PR (Sistema de Informações de Mortalidade) mostrou que de 2011 a 2013, o número de óbitos de traqueia, brônquios e pulmão foi de 70.410 casos em todo o Brasil.
Os homens respondem por 60% das vítimas, com quase 43 mil mortes. Entre as mulheres foram 27,6 mil. O Paraná registrou 1.661 mortes por câncer de pulmão, e a principal condicionante era o tabaco. Em todo o Estado foram 4.731 óbitos em três anos.
A estimativa, de acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer) é de que até o fim deste ano sejam registrados 16,4 mil novos casos de câncer de pulmão no Brasil. No ano passado, foram 40 mil.
Apesar das campanhas de combate ao tabagismo, que estimulam os usuários a parar de fumar, ainda há um sério problema em relação ao custo da pessoa fumante que desencadeiam outras doenças a partir do tabaco. O custo social e econômico piorou muito de alguns anos para cá, o que gera ônus à sociedade, relata o pneumologista Jonatas Reichert.
Segundo ele, para cada real arrecadado em imposto gasta-se 3,6 vezes mais para tratar as consequências do tabagismo.
O Brasil gasta em média R$ 21 bilhões ao ano, com uma arrecadação de aproximadamente R$ 6,5 bilhões. É preciso diminuir esse gasto com as doenças causadas pelo uso do tabaco e tentar, por meio dos programas estaduais, tratar aqueles que querem parar de fumar, ressalta Jonatas.
(Com informações de Marina Kessler)