Cascavel – A crise que o País enfrenta principalmente a partir do último trimestre de 2014 exige mudanças rápidas e substanciais por parte das empresas.
Quem não fizer ajustes, não fugir dos empréstimos, não cortar gastos e não investir na contínua profissionalização da sua equipe e do seu negócio terá séria dificuldade de se manter no mercado.
Esse foi um dos alertas que fez, durante a abertura do 1º Seminário Regional de Serviço de Proteção ao Crédito, o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior, na terça-feira (28), em Cascavel.
Roque mostrou números que revelam a difícil realidade nacional, que precisa ser compreendida pelos empresários para que promovam ajustes urgentes. Atualmente, 40% dos consumidores brasileiros têm algum tipo de restrição ao crédito, e dois milhões deles entraram para a estatística apenas nos últimos seis meses.
Significa dizer que mais de 56 milhões de pessoas, por um problema ou outro, não podem comprar a prazo. É um universo expressivo, por isso todo cuidado é pouco e o SPC torna-se uma ferramenta ainda mais fundamental para as empresas, ressaltou Roque.
Desaquecimento
O presidente do SPC Brasil fez uma recuperação da história recente do País para justificar a necessidade de ajustes e de cortes por parte das empresas, independentemente do porte e do ramo. O PIB de 2015 deverá ser negativo em 2% e isso provoca efeitos em cascata em toda a economia.
Há forte tendência de desaquecimento e o cenário não é dos mais favoráveis também para o próximo ano. Os fatores mais preocupantes são, além do encolhimento do Produto Interno Bruto, desemprego crescente, queda da confiança na economia, inflação em alta e recuo no comércio e na produção industrial.