Quedas do Iguaçu – As promessas de “terra fácil” feitas pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) se mostram irrestíveis até entre os grupos menos prováveis. Ex-funcionários da Araupel estariam entre os “moradores” do acampamento provisório Campo Novo.
O acampamento – criado recentemente como uma célula para promover aquela que seria a quinta e derradeira invasão às áreas da empresa, em Quedas do Iguaçu, no Sudoeste do Estado – começou a ser formado de olho em uma ocupação que os líderes do movimento consideram estratégica, na região do Projeto Quatro.
O número de famílias cresceu muito nas últimas semanas, principalmente depois que a Justiça Federal declarou, em primeira instância, que os títulos de propriedade apresentados pelos diretores da Araupel não teriam validade.
Embora nem de longe essa decisão seja um passaporte para qualquer ocupação, o MST aproveita o momento para fortalecer as suas bases e articular a quinta invasão às propriedades da empresa, que originalmente tinham cerca de 80 mil hectares – mais de 50 mil já estão nas mãos do movimento.
Uma indústria de boatos semeia um clima de insegurança e de tensão em Quedas e localidades próximas. Segundo moradores, os sem-terra podem comandar a nova invasão a qualquer momento.
