Brasília – Mais de 100 prefeitos, secretários municipais e gestores da Secretaria Estadual da Saúde participaram nesta quinta-feira (6), em Brasília, de um ato para reivindicar mais recursos federais para os serviços de saúde.
O pedido é que o Ministério da Saúde contemple hospitais, maternidades e prontos-socorros de todo o Estado e não só das regiões de Curitiba, Londrina e Maringá, como ocorre hoje. A medida garantiria R$ 289 milhões a mais por ano ao Paraná.
O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, afirmou que o aumento nos repasses é um direito do Paraná, pois o Estado já implantou ambas as redes em todo o seu território.
Enfrentamos uma política desigual dentro e fora do Estado. Há uma série de distorções nos repasses federais que precisam ser solucionadas e que estão pressionando muito o orçamento de municípios e hospitais, disse ele.
Falta recurso
Hospitais e maternidades habilitadas na Rede Cegonha recebem R$ 800,00 pela diária de um leito hospitalar. Já os serviços de saúde não habilitados pela política federal recebem R$ 473,00 – quase a metade do valor para prestar o mesmo tipo de atendimento.
A diferença nos valores repassados vem causando descontentamento entre os prestadores da rede pública de saúde. Em Irati, o déficit mensal da UTI Neonatal da Santa Casa chega a R$ 120 mil, devido à falta de revisão da tabela de remuneração dos procedimentos do SUS.
Segundo o prefeito de Assis Chateaubriand e presidente da AMP (Associação dos Municípios do Paraná), Marcel Micheletto, o subfinanciamento do governo federal tem impactado diretamente nos cofres dos municípios.
Atualmente aplicamos muito mais do que 15% das nossas receitas na área da saúde. Além disso, estamos sendo obrigados a assumir responsabilidades que seriam do governo federal, como o pagamento dos serviços de alta complexidade, relatou.
(Com informações da Agência de Notícias do Paraná)