Cascavel – Somos 213.317.639 brasileiros, 11.597.484 paranaenses, 1.330.154 oestinos, segundo dados de estimativa populacional divulgados nessa sexta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com recorte de 1º de julho de 2021.
Em termos proporcionais, o Brasil cresceu 0,74% em um ano, enquanto o Paraná ficou 0,70% mais populoso e o oeste, 0,56%. Em quase metade do Estado e da região houve queda demográfica. No Paraná, 180 dos 399 municípios que compõem o Estado viram diminuir o número de habitantes entre 2020 e 2021. Dos 50 do oeste, em 23 esse fenômeno se repetiu nesse período de pandemia.
A queda anual mais expressiva é de Lindoeste (-2,26%) e Guaraniaçu (-2,03%). Já na comparação com o Censo de 2000, Guaraniaçu lidera, com redução de 30,42% (tinha 17.201 pessoas naquele ano), seguido por Campo Bonito, que encolheu 28%, passando de 5.128 para 3.694.
Como consequência, quatro deles caíram de faixa no repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), mas, a exemplo do que aconteceu nos dois últimos anos, não devem perder receita por enquanto, até que o Censo Demográfico seja realizado. Catanduvas, Nova Aurora e Santa Tereza do Oeste passaram do percentual 0,8 para 0,6, e Guaraniaçu caiu de 1,0 para 0,8. Em contrapartida, Santa Terezinha de Itaipu subiu “uma casinha”, passando de 1,2 para 1,4 e deve ver sua parcela federal aumentar a partir dos próximos meses.
Mais populosos
Cascavel segue na dianteira em termos demográficos, com 336.073 habitantes, 1,13% maior que há um ano. Desde o Censo de 2000, o Município cresceu 37%.
Em segundo lugar está Foz do Iguaçu, com 257.971, queda de 0,11% em um ano, e -0,22% sobre 2000. Toledo fecha o ranking das cidades com mais de 100 mil habitantes do oeste. O Município tem 144.601 pessoas, crescimento de 1,37% em um ano, e 47,2% desde o início do século. Juntas, essas três cidades concentram 55,5% da população da região (738.645 pessoas). Em 2000, esse percentual era de 52,9%.
Em termos proporcionais, a maior elevação é de Itaipulândia, com 1,78%, totalizando 11.588 habitantes. O Município também é o que acumula o maior crescimento no século, pois tinha 6.836 habitantes em 2000. Em segundo está Cafelândia, que cresceu 68,6%, passando de 11.143 para 18.783 pessoas no mesmo período.
Já as três menores cidades do oeste são: Anahy (2.774), Iracema do Oeste (2.216) e Iguatu (2.251). As três tiveram decréscimo de 0,50%, 1,55% e 0,09%, respectivamente.
Mais da metade das cidades (26) têm menos de 10 mil habitantes. Juntas, elas somam 136.526 pessoas – queda de 399 em um ano – e respondem por 10,3% da população da região. No Censo de 2010, eram 27 cidades nessa condição, que somavam 147.788 pessoas, e que, no Censo de 2000, abrigavam 149.914 moradores.
Paraná se consolida como quinta maior UF do País
O Paraná alcançou, em 1º de julho de 2021, a marca de 11.597.484 habitantes, com um crescimento demográfico de 0,7% em um ano. As informações são do IBGE, que nessa sexta (27) divulgou as estimativas das populações residentes em todas as unidades da federação e nos 5.570 municípios brasileiros.
O Estado se consolida como a quinta maior UF do País, atrás apenas de São Paulo (46.649.132), Minas Gerais (21.411.923), Rio de Janeiro (17.463.349) e Bahia (14.985.284) e logo à frente do Rio Grande do Sul, cuja população cresceu apenas 0,38% entre 2021 e 2020, chegando a 11.466.630 habitantes.
Já o Brasil cresceu 0,74% e soma 213.317.639 habitantes.
Proporcionalmente, as unidades federativas que mais cresceram no último ano foram: Roraima (+3,41%, chegando a 652.713); Amapá (+1,84%, com 877.613); e Amazonas (+1,48%, somando a 4.296.995), todos no Norte.
A Região Sul cresceu 0,7%, chegando a 30.402.587.
Com 1.948.626 habitantes (+0,77%), Curitiba segue como a oitava maior cidade brasileira, atrás de São Paulo (12.325.232), Rio de Janeiro (6.747.815), Brasília (3.055.149), Salvador (2.886.698), Fortaleza (2.686.612), Belo Horizonte (2.521.564) e Manaus (2.219.580).
Maiores
Os 17 municípios do País com população superior a 1 milhão de habitantes concentram 21,9% da população brasileira, ou 46,7 milhões de pessoas.
Na última década, as Estimativas da População dos Municípios mostraram um aumento gradativo na quantidade de grandes municípios do País. No Censo de 2010, somente 38 municípios tinham população superior a 500 mil habitantes, e apenas 15 deles tinham mais de 1 milhão de moradores. Já em 2021, eram 49 os municípios brasileiros com mais de 500 mil habitantes e 17 com mais de 1 milhão.
Mais da metade da população brasileira (57,7% ou 123,0 milhões de habitantes) está concentrada em apenas 5,8% dos municípios brasileiros (326 municípios do país com mais de 100 mil habitantes).
Apenas 49 municípios do País com mais de 500 mil habitantes concentram aproximadamente um terço da população brasileira (31,9% da população do país ou 68 milhões de habitantes). Por outro lado, 3.770 municípios (67,7%) que possuem menos de 20 mil habitantes, concentram 31,6 milhões de habitantes, o que corresponde a apenas 14,8% da população.
A população das 27 capitais mais o Distrito federal supera os 50 milhões de habitantes, representando 23,87% da população total do País.
O que é
As estimativas populacionais municipais são um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios e são referência para vários indicadores sociais, econômicos e demográficos. Essa divulgação anual obedece ao artigo 102 da Lei nº 8.443/1992 e à Lei complementar nº 143/2013.
As populações dos municípios são estimadas por procedimento matemático e são o resultado da distribuição das populações dos estados, projetadas por métodos demográficos, entre seus diversos municípios. O método se baseia na projeção da população estadual e na tendência de crescimento dos municípios, delineada pelas populações municipais captadas nos dois últimos Censos Demográficos (2000 e 2010) e ajustadas. As estimativas municipais também incorporam alterações de limites territoriais municipais ocorridas após 2010.
Os efeitos da pandemia da covid-19 no efetivo populacional não foram incorporados nesta projeção, devido à ausência de novos dados de migração, além da necessidade de consolidação dos dados de mortalidade e fecundidade, fundamentais para se compreender a dinâmica demográfica como um todo.
O Censo Demográfico deve ocorrer no ano que vem e atualizará esses dados.