Curitiba – O número de pedidos de financiamento na agência do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) no Paraná segue em alta para o segundo semestre desse ano.
Depois de registrar R$ 958 milhões em financiamentos no primeiro semestre – praticamente a totalidade da previsão inicial de contratações para 2015, de R$ 1 bilhão – o banco já possui mais R$ 534 milhões em propostas em análise no Estado. Ao todo são 178 pedidos de financiamento.
Os setores de energia, indústria química e agronegócio puxam os projetos, de acordo com Paulo Cesar Starke Junior, superintendente do BRDE no Paraná. Somente na área energética estão em análise oito projetos, que reivindicam R$ 310 milhões em financiamentos especialmente para a construção de PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) e CGHs (Centrais Geradoras Hidrelétricas).
Esta perspectiva nos anima muito. É uma sinalização clara de que, apesar da crise no País, alguns setores mostram maior resiliência e que o Estado do Paraná exibe um dinamismo econômico diferenciado, afirmou o governador Beto Richa.
Para Richa, as dificuldades atuais podem ensejar uma oportunidade para segmentos que planejam uma retomada mais vigorosa no momento em que o País superar a atual recessão.
Inadimplência fica abaixo da média, mesmo com a crise
Apesar da recessão brasileira, a inadimplência nos contratos no BRDE se mantém como uma das mais baixas do Brasil. Os atrasos acima de 90 dias representavam 1,21% da carteira em maio, bem abaixo da média do SFN (Sistema Financeiro Nacional), que estava em 3% segundo o Banco Central.
A inadimplência subiu desde o ano passado, quando estava em 0,33% em junho, mas ainda assim permanece como a menor nos três estados do Sul. Em maio, Santa Catarina registrava um índice de atrasos acima de 90 dias de 1,98% e o Rio Grande do Sul de 1,98%.
(Com informações da Agência de Notícias do Paraná)