Cotidiano

Nova Ferroeste é estratégica para o desenvolvimento do País, diz Ratinho

O governador destacou que o projeto foi desenvolvido em tempo recorde e será a primeira vez, desde a construção da Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá, no século XIX, que o Paraná elaborará um novo traçado férreo até o Litoral

Nova Ferroeste é estratégica para o desenvolvimento do País, diz Ratinho

 

 

Curitiba – Maior projeto ferroviário do Brasil, a Nova Ferroeste será estratégica para o desenvolvimento do País, afirmou o governador Ratinho Junior. Ontem (21), o Governo do Estado lançou o processo de consulta pública do edital da ferrovia, que vai ligar Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá e terá mais de 1,5 mil quilômetros de extensão, incluindo os ramais até Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, e Chapecó, em Santa Catarina.

O governador destacou que o projeto foi desenvolvido em tempo recorde e será a primeira vez, desde a construção da Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá, no século XIX, que o Paraná elaborará um novo traçado férreo até o Litoral. “Logo que assumimos o governo, pedimos tudo o que era necessário para tirar do papel esse grande projeto que não é só do Paraná, mas que é estratégico para todo o País”, disse o governador.

“O último trecho ferroviário ligando Curitiba ao Litoral foi feito na época de Dom Pedro II, 120 anos atrás. Nunca mais foi feito um traçado para descer a Serra do Mar. Agora, depois de 120 anos, estamos trazendo para o Brasil um novo traçado para chegar no Atlântico através do Paraná”, ressaltou Ratinho Junior.

A Nova Ferroeste também é estratégica na consolidação de uma ferrovia bioceânica ligando os portos de Paranaguá e Antofagasta, no Chile, conectando os oceanos Atlântico e Pacífico. “Esse corredor será um novo Canal do Panamá, vai trazer uma grande transformação à América do Sul”, salientou o governador.

Além dos ganhos logísticos, que vão facilitar o escoamento de grãos e proteína animal do Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e também do Paraguai, a nova ferrovia também se destaca pela questão da sustentabilidade, com forte impacto na redução da emissão dos gases do efeito estufa. “Um instituto ligado à Coroa Britânica incluiu a Nova Ferroeste entre os 18 projetos mais sustentáveis do mundo, o único férreo a entrar nessa classificação”, completou o governador.

 

TEMPO RECORDE

Para chegar ao edital, o Governo do Estado criou em 2019 um grupo de trabalho para a elaboração do Plano Ferroviário do Paraná, que iniciou um estudo de pré-viabilidade do novo traçado. No mesmo ano, foi contratado o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica, Ambiental e Jurídica (EVTEA-J), que iniciou em 2020.

Naquele ano, o Paraná firmou um acordo de cooperação técnica com o Mato Grosso do Sul e a Nova Ferroeste foi incluída, também, no Programa de Parcerias de Investimentos do governo federal, dando prioridade ao projeto em âmbito nacional. Finalizado em 2021, o EVTEA-J foi concluído em tempo recorde. Também no ano passado, o Governo do Estado entregou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) o Estudo e o Relatório de Impacto Ambiental (Eia/Rima).

“A Nova Ferroeste não é apenas o maior, como o melhor projeto de infraestrutura do País. Todo o processo, até este lançamento do edital para a consulta pública, foi feito em tempo recorde. A conclusão de um projeto desse volume leva, em média, de 10 a 15 anos para ser concluído no País”, ressaltou o coordenador do Plano de Ferroviário do Paraná, Luiz Henrique Fagundes.

 

VERDE E SUSTENTÁVEL

Além de unir o Paraná ao Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, dois dos principais polos exportadores do agronegócio brasileiro, a Nova Ferroeste vai nascer verde e sustentável. O projeto, inclusive, foi incluído na Iniciativa de Mercados Sustentáveis da Coroa Britânica.

“A sustentabilidade tem um peso muito importante em todo o projeto. Buscamos mitigar o máximo possível questões ambientais para que a Nova Ferroeste seja de fato uma ferrovia verde, que se preocupa com o desenvolvimento sustentável do País”, disse Fagundes.

Foto: AEN