Cotidiano

Não param: Acordo descarta greve nas cooperativas da região

Negociações duraram cerca de 90 dias; ameaça era parar atividades nos abatedouros

Palotina – Por unanimidade, os trabalhadores da cooperativa C.Vale, de Palotina, decidiram ontem encerrar o estado de greve e aceitar a proposta de reajuste salarial que garante o piso de R$ 1,2 mil e auxílio-alimentação de R$ 312,50.

“Se considerarmos que o trabalhador recebia entre o seu salário mais o vale-alimentação o valor de R$ 1.134,84 e pela proposta de acordo ele passa a receber R$ 1.512,50, podemos afirmar que houve um reajuste salarial de 33,7%, uma conquista fruto de organização e luta”, relata o presidente do Sintrascoopa (Sindicato dos Trabalhadores em Cooperativas de Palotina e Região), Mauri Viana.

O acordo aos trabalhadores do complexo avícola ainda prevê o reajuste salarial de 9% e o prêmio de assiduidade de R$ 46,53. Já para os demais setores da cooperativa C.Vale permanece o piso salarial de R$ 921,59 e auxílio-alimentação de R$ 200.

Viana ressalta que é preciso ainda reivindicar melhorias aos funcionários das sedes administrativas, centros de distribuição, fábricas de ração, entrepostos e supermercados.

“No próximo ano, a luta será ainda maior para atender a essa demanda que durante as negociações não tiveram as mesmas oportunidades que os funcionários dos abatedouros”, afirma o sindicalista.

Os novos valores começarão a ser pagos já no mês de outubro, inclusive os retroativos, quitados em folha complementar até o próximo dia 10.

Já na Copagril, em Marechal Cândido Rondon, o que difere são os valores pagos aos benefícios. Na alimentação, o auxílio será de R$ 250, além da assiduidade de R$ 87, com reajuste de 9%. O mínimo pago ao trabalhador será de R$ 1.450.